Cerâmicas feldspáticas estratificadas e em blocos para sistema CAD/CAM: avaliação da topografia superficial, formação de biofilme inicial e viabilidade celular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Contreras, Lisseth Patricia Claudio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148665
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a topografia e a formação de biofilme na superfície de cerâmicas feldspáticas obtidas através de duas técnicas de confecção e dois tratamentos de superfície, assim como avaliar a viabilidade do crescimento de fibroblastos gengivais humanos (FMM-1) sobre estes materiais. Foram confeccionados 52 blocos de cada tipo de cerâmica feldspática: VM9 obtida através da técnica da estratificação e cerâmica Vita Blocs Mark II (VMII) para o sistema CAD/CAM (ambas, Vita Zahnfabrik). As superfícies dos blocos foram padronizadas em politriz nas dimensões de 4,5 x 4,5 x 1,5 mm e os blocos foram divididos em dois tratamentos de finalização de superfície: polimento com borrachas Ceramisté + pasta de polimento e aplicação de glaze spray + sinterização. Os parâmetros de rugosidade Ra e Rsm foram mensurados através de um rugosímetro de contato. As amostras foram esterilizadas e, em seguida contaminadas (n=10) para formação de biofilme heterotípico inicial de S. mutans, S. sanguinis e C. albicans, cuja aderência foi quantificada por contagem de unidades formadoras de colônias (UFC/mL). O teste MTT foi empregado para avaliação da viabilidade celular dos materiais ao crescimento de fibroblastos gengivais humanos (FMM-1) em 24 h e 7 dias (n=12). Foram realizadas análises qualitativas da superfície dos espécimes através de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e perfilometria óptica 3D. A energia livre de superfície (ELS) foi calculada a partir de análises de goniômetria com líquidos polar e apolar em 10 amostras de 15 x 1 5 x 1,5 mm. Os resultados de Ra, RSm e ELS foram submetidos à análise de variância ANOVA 2 fatores (material x tratamento de superfície) seguido por teste de Tukey (ambos, α=95%), e os dados de UFC fatores (material x tratamento x micro-organismos) e MTT (material x tratamento x tempo) foram avaliados por ANOVA 3 fatores e teste Tukey (α=95%). As imagens de MEV e perfilometria foram descritas. As cerâmicas polidas apresentaram menor rugosidade (Ra p=0,015; RSm p=0,049) e maior ELS (p=0,00), sendo que a mais alta Ra foi verificada para VM9 glazeada. A aderência bacteriana foi influenciada pela interação de todos os fatores (p=0,018). Os Streptococcus formaram em maior número em todos os materiais, mas sobre VMII polida não houve aderência de C. albicans. Inicialmente, os materiais apresentaram ausência de citotoxicidade, mas a viabilidade celular de todos os grupos foi reduzida após 7 dias (p=0,00). As micrografias mostram que a aderência de micro-organismos ocorreu independente de irregularidades na topografia dos materiais, e as imagens de perfilometria ressaltaram o padrão de ranhuras das amostras polidas e o acúmulo de glaze em “ilhas” nas amostras glazeadas. Foi possível concluir que ambas técnicas de obtenção resultam em cerâmicas feldspáticas biocompatíveis e que a finalização da superfície por polimento resultou em menor rugosidade média, maior ELS e menor aderência de C. albicans.