Papel da Candida albicans na desmineralização do esmalte dental e no potencial acidogênico de biofilmes de Streptococcus mutans : estudo in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Eidt, Gustavo
Orientador(a): Arthur, Rodrigo Alex
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179710
Resumo: Objetivos: avaliar o papel da Candida albicans (ATCC 90028) no potencial cariogênico e acidogênico de biofilmes in vitro de Streptococcus mutans (UA159). Métodos: biofilmes de dupla-espécie (C. albicans + S. mutans) e de espécie única (S. mutans ou C. albicans) foram cultivados sobre a superfície hígida de blocos de esmalte bovino com dureza inicial conhecida na presença de meio de cultura suplementado com glicose 20 mM e sacarose 3 mM por 24, 48 e 72 horas. O meio foi substituído diariamente e seu pH foi registrado. Blocos de esmalte foram então coletados ao final de cada período experimental e contagens de células viáveis foram realizadas. A desmineralização foi avaliada através da porcentagem de alteração de microdureza superficial (% SMC) e análise de microradiografia transversal (perda mineral integrada e profundidade de lesão). Resultados: o pH do meio de cultura permaneceu constante nos biofilmes de espécie única de C. albicans causando quase nenhuma desmineralização no esmalte. Não houve diferença no potencial acidogênico dos biofilmes de espécie única de S. mutans ao longo dos períodos experimentais sendo estes valores de pH sempre menores quando comparados ao pH relacionado aos demais biofilmes (p < 0.01) A % SMC dos biofilmes de espécie única de S. mutans aumentou significativamente com o tempo. Além disso, lesões de cárie após 72 horas de crescimento de biofilme bacteriano apresentaram maior perda mineral integrada e foram mais profundas do que lesões de cárie relacionadas a biofilmes de dupla-espécie (p < 0.01). O pH do meio de cultura relacionado a biofilmes de dupla-espécie foi baixo no primeiro dia, mas aumentou no decorrer do tempo para valores acima do pH crítico para desmineralização do esmalte. Em consequência, a % SMC permaneceu a mesma depois de 48 horas de crescimento de biofilmes de dupla-espécie e foi significantemente menor do que os valores relacionados a S. mutans em espécie única (p < 0.01). Conclusões: os presentes dados sugerem que a C. albicans apresenta um baixo potencial de desmineralização de esmalte e esse micro-organismo parece reduzir tanto o potencial cariogênico quanto acidogênico de biofilmes de S. mutans pela modulação do pH extracelular durante o crescimento in vitro de biofilmes de dupla-espécie.