Influência de um feedback sobre os níveis de atividade física de indivíduos tabagistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Mariana Belon Previatto de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180448
Resumo: O tabagismo associado à inatividade física tem efeito direto sobre a qualidade de vida. O feedback de incentivo influencia os níveis de atividade física diária, esta reduz experiências negativas que acompanham o processo de cessação. Objetivos: Avaliar a influência do feedback sobre os níveis de atividade física, abstinência, capacidade funcional, modulação autonômica cardíaca, composição corporal e qualidade de vida de tabagistas abstinentes, bem como correlacionar a qualidade de vida qualidade com a carga tabagística e o nível de dependência nicotínica. Métodos: Tabagistas foram randomizados em dois grupos (grupo feedback – GF, grupo controle – GC) e avaliados quanto aos níveis de atividade física pela acelerometria, qualidade de vida pelo SF-36, níveis de dependência e carga tabagística pelo questionário de Fagerström, capacidade funcional pelo TC6, modulação autonômica cardíaca pela variabilidade da frequência cardíaca e composição corporal por bioimpedância elétrica, nos momentos basal, primeira, quarta e oitava semana de abstinência. Resultados: Não foi possível observar diferença entre grupos para nenhuma das variáveis avaliadas. Para ambos os grupos houve diminuição nos passos/dias (p=0,002), na porcentagem de atividade moderada (p<0,001) e no tempo em atividade moderada a vigorosa (p=0,01), aumento do tempo em atividade sedentária (p=0,001) e sua porcentagem (p=0,005). Aumento dos scores de limitação por aspectos físicos (p=0,002), estado geral de saúde (p=0,001) e saúde mental (p=0,001) na qualidade de vida. Houve aumento do peso (p<0,001), IMC (p<0,001), massa de gordura (p=0,003) e gordura visceral (p=0,004) ao longo de oito semanas. A carga tabagística apresentou correlação negativa com vitalidade (p=0,009) e estado geral de saúde (p=0,02), assim como o grau de dependência à nicotina apresentou correlação negativa com score do domínio da capacidade funcional (p=0,004). Conclusão: Apesar da utilização de feedback, houve piora dos níveis de atividade física e da composição corporal e manutenção da capacidade funcional e modulação autonômica cardíaca. Não foi observada diferença entre os grupos nas taxas de abstinência, no entanto, houve melhora da qualidade de vida, ao longo de oito semanas. A carga tabagística e grau de dependência à nicotina estão relacionados à pior qualidade de vida em tabagistas.