A prática como componente curricular via Projeto Integrado de Prática Educativa (PIPE) no ensino de estatística na Universidade: implementação e implicações na Formação Inicial do Professor de Matemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Márcia Rodrigues Luiz da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138278
Resumo: O presente estudo insere-se no campo da formação inicial de professores de Matemática em nível superior, em Cursos de Graduação. Tendo como contexto o Curso de Graduação em Matemática na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Uberlândia/Minas Gerais, dialoga acerca da questão da Prática Como Componente Curricular (PCC) inserida nos currículos dos Cursos de Licenciatura como modalidade diferenciada de prática curricular a partir da Resolução CNE/CP nº. 01/2002 que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de Professores nesse nível. De caráter qualitativo, a pesquisa investigou, no âmbito da disciplina Estatística e Probabilidade do currículo do referido Curso, o processo de implementação do Projeto Integrado de Prática Educativa (PIPE) – componente curricular criada pela UFU para o desenvolvimento dessa modalidade de prática instituída pelas Diretrizes. Como objetivo geral o estudo buscou investigar, neste Curso de Matemática, a implementação do PIPE como PCC no desenvolvimento dessa disciplina e suas implicações na formação inicial do Professor de Matemática, norteando-se pela seguinte questão diretriz: Como vem ocorrendo o processo de implementação do Projeto Integrado de Prática Educativa (PIPE) na disciplina Estatística e Probabilidade no Curso de Graduação em Matemática da Universidade Federal de Uberlândia a partir de sua inserção como Prática como Componente Curricular neste Curso? O estudo desenvolveu-se por meio da pesquisa documental e de campo, tomando como sujeitos os professores e estudantes nessa disciplina e Curso, durante cinco semestres letivos (período de 2012 a 2014). A produção de dados se deu, além da parte documental e dos registros da pesquisadora no diário de campo, também por meio de entrevistas com os docentes, questionários aplicados aos alunos e um ambiente virtual criado pela pesquisadora no desenvolvimento da pesquisa. Os principais resultados evidenciaram a deficiência de registros de experiências com relação ao desenvolvimento do PIPE. Mostraram também que os diferentes sujeitos participantes da Pesquisa consideram o PIPE importante e necessário no Curso de Matemática por possibilitar, no desenvolvimento dessa Prática Curricular, um espaço diferenciado de formação, no entanto, há dúvidas conceituais em relação a essa componente e divergências de visão dos docentes entre si e deles com o Projeto Pedagógico do Curso quanto à concepção da PCC via PIPE, o que tem levado a diferentes formas de interpretá-lo e, portanto, efetivá-lo. Apontaram carência de esclarecimentos sobre essa Prática nos documentos institucionais e de uma maior comunicação dentro do Curso, sugerindo-se, para tanto, a implementação de um espaço de troca de experiências no âmbito do desenvolvimento do PIPE, aliado a um processo contínuo e permanente de acompanhamento e avaliação, para seu aprimoramento e efetividade. Por meio das cinco experiências vivenciadas no campo concluiu-se que o PIPE caracteriza-se como um tipo de prática que demanda um trabalho interdisciplinar e coletivo e por isso tem representado ainda um grande desafio para o Curso de Matemática, mas que, apesar disso não é uma proposta frágil, mas possível e viável, especialmente mediante a possibilidade de socialização de experiências e de uma responsabilidade que seja compartilhada entre todos os envolvidos e não exclusiva dos docentes.