Prática como componente curricular na formação de professores de química: repensando caminhos para uma práxis reflexiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Queiroz, Indman Ruana Lima
Orientador(a): Silva, José Luis de Paula Barros
Banca de defesa: Brito, Luisa Dias, Mesquita, Nyuara Araújo da Silva, Ferreira, Rosilda Arruda, Barzano, Marco Antônio Leandro, Silva, José Luis de Paula Barros, Massena, Elisa Prestes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: em Ensino, Filosofia e História das Ciências
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33916
Resumo: A prática é reconhecida como um componente necessário à formação de professores a cerca de 20 anos e, seu exercício nos cursos de licenciatura brasileiros tem acontecido na forma de Prática como Componente Curricular (PCC), com 400 horas para sua realização. Apesar deste componente ser considerado propício para a promoção da reflexão crítica e sistematização teórica, muitos contextos apresentam dificuldades de realizá-la de modo mais adequado, a exemplo do curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). A partir da compreensão do professor como um intelectual transformador, realizamos esta investigação com o objetivo de identificar possibilidades de realização da PCC, em cursos de licenciatura em Química, de modo a contribuir para uma práxis reflexiva. A fim de alcançar este objetivo, realizamos a análise documental das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a formação de professores e do Projeto Acadêmico-Curricular (PAC), além de um grupo focal com discentes do curso supracitado. Estes dados foram submetidos à Análise Textual Discursiva (ATD), que possibilitou a construção de sete categorias, sendo cinco delas a priori: Concepções de PCC, Relações da PCC com a teoria, Distribuição da PCC, Atividades da PCC e Contribuições da PCC, e duas emergentes: Problemas da PCC, Necessidades da PCC. Nessa análise identificamos que as DCN não têm subsidiado a PCC para sua realização enquanto práxis reflexiva. Consequentemente, as concepções de PCC no curso analisado, ora não explicitam sua relação com a teoria, ora são inadequadas. Nesse sentido, as relações da PCC com a teoria têm sido frágeis ou inconscientes. Apesar da carga horária de PCC ser alocada nas diversas disciplinas, ela não tem sido realizada de modo articulado com a teoria, logo não têm contribuído para a formação de professores. Para que tais problemas sejam minimizados é preciso que medidas como a adoção de uma perspectiva crítica por parte do corpo docente e discente, mudanças no planejamento e realização do componente e formação do corpo docente. Finalmente, apresentamos as possibilidades para uma PCC como práxis reflexiva, condicionadas a encaminhamentos tais como: a formação de um grupo de professores do Ensino de Química que pense criticamente e sua forte atuação no curso; a promoção do planejamento e realização coletivamente da PCC utilizando o contexto da semana de planejamento pedagógico; a delimitação de um espaço próprio para a PCC a partir da redistribuição de sua carga horária; e, o incentivo à institucionalização da formação continuada.