Estudo da interação da crisina e seu derivado monoacetilado com a proteína NS1 do vírus sincicial respiratório humano (hRSV) por espectroscopia de fluorescência e docking molecular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Quintino, Evelyn Pedroso Toscano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182419
Resumo: O Vírus Sincicial Respiratório Humano (hRSV) é um dos principais causadores de infecções respiratórias agudas (IRA), do trato inferior, em crianças menores de cinco anos de idade. O hRSV, membro da família Pneumoviridae, sintetiza a proteína NS1 que promove ao vírus evasão do sistema imunológico do hospedeiro. Diante dos efeitos colateriais, alto custo e baixa eficácia dos tratamentos disponíveis, buscam-se tratamentos alternativos para hRSV com melhor eficácia, baixo custo e menos efeitos colaterais. A crisina, um flavonóide proveniente de produtos naturais, dentre suas atividades farmacológicas, apresenta atividade antiviral em estudos in vitro contra HSV-I e Influenza. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi estudar se há interação entre a proteína NS1 do hRSV e os flavonóides crisina e derivado monoacetilado de crisina, utilizando espectroscopia de fluorescência e docking molecular. Para isso, foi realizada a clonagem, expressão e purificação da proteína NS1 e caracterização dos ligantes. Os resultados da supressão de fluorescência da NS1 com ambos os ligantes apontam que o mecanismo de interação é do tipo dinâmico, já que as constantes de Stern-Volmer (Ksv) é diretamente proporcional ao aumento da temperatura. A partir da análise do duplo log determinou-se a ordem da constante de ligação (Kb) da ordem de 105 M-1, entretanto a interação NS1-crisina apresentou maior afinidade do que na interação NS1-derivado monoacetilado de crisina. Os parâmetros termodinâmicos indicaram que a reação de ligação é favorável, entropicamente dirigida e predominantemente hidrofóbica. Esses resultados, juntamente com estudos de Docking molecular, nos sugerem que apesar da diminuição na afinidade da proteína pelo derivado monoacetilado de crisina, a modificação não resultou em maior probabilidade de afinidade do ligante por outro sítio que não o mesmo da NS1-crisina. A acetilação, em sistemas mais complexos, poderá resultar em um aumento na sua absorção intestinal, biodisponibilidade e acesso ao seu alvo por facilitar sua passagem pela membrana citoplasmática.