Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fenley, Juliana De Camargo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/213453
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Resumo: |
Candida albicans é um fungo que habitualmente coloniza superfícies mucosas de humanos e pode assumir caráter patogênico a depender de fatores do hospedeiro. Portadores da Síndrome da Imunodeficiência Humana, causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), são propícios a apresentar candidose nas mucosas devido a imunodeficiência celular que apresentam. A introdução da Terapia Antirretroviral (TARV), em especial o surgimento dos Inibidores da Protease do HIV (IPs-HIV), reduziu drasticamente a incidência e prevalência destas patologias ao longo dos anos. Estudos clínicos e epidemiológicos com IPs-HIV de primeira geração demostraram que tal redução não se deve exclusivamente à melhora imunológica promovida pela TARV, e pesquisas in vitro já demonstraram propriedades antifúngicas e antibiofilme de alguns IPs-HIV de primeiras gerações em C. albicans. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do Atazanavir (ATV) e Darunavir (DRV), dois IPs-HIV de segunda e terceira geração respectivamente em uso clínico atual no Brasil, em diferentes fatores de virulência de C. albicans. Para isso foram realizados estudos com duas cepas clínicas de C. albicans isoladas de lesões de candidose orofaríngea de pacientes portadores de HIV para avaliar a ação in vitro das drogas na morfogênese, formação de biofilme (contagem de células viáveis e quantificação de biomassa) e na expressão dos genes de virulência BRC1 e SAP2, e in vivo no efeito protetor desses medicamentos na infecção experimental por C. albicans em modelo de Galleria mellonella. Os dados foram analisados por teste t, ANOVA, Kruskal-Wallis, Dunn e Kaplan-Meier (p<0,05). A Concentração Inibitória Mínima (CIM) para ambos os IPs-HIV testados foi 512 µg/mL. Nos biofilmes, a redução na contagem de UFC/mL de C. albicans nos grupos tratados com IPs-HIV foi de até 6,81 Log. A biomassa dos biofilmes tratados também sofreu reduções significantes para ATV (82%), DRV (81%) comparada ao grupo controle.DRV e ATV promoveram redução estatisticamente significante de expressão gênica de SAP2 e BRC1, respectivamente, quando comparados ao controle (p<0,05). Em relação à morfogênese de C. albicans, ATV e DRV inibiram significativamente a formação de hifas (p=0,0183). No estudo in vivo, o uso profilático de ATV e DRV em G. mellonella infectadas com C. albicans prolongou em até 40% a sobrevivência das larvas (p=0,0004). Conclui-se que ATV e DRV inibiram a filamentação e apresentaram atividade antifúngica, antibiofilme e na expressão de genes de fatores de virulência de C. albicans e preveniram candidose em G. mellonella. |