Escola do campo e juventude sem terra na luta pela educação do campo e pela reforma agrária popular: o caso da Escola Municipal Conrado Pereira no Maranhão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mendonça, Carlos Magno Soeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/252444
Resumo: A educação se caracteriza pelo seu papel na formação humana, podendo ser uma grande aliada para a classe dominante ou mesmo para a classe trabalhadora. Portanto, a educação é crucial para ambas classes, sobretudo para a classe trabalhadora, sendo importante para a conscientização e libertação, contra a alienação, exploração da força de trabalho, bem como a opressão do capitalismo. A educação do campo é resultado de um processo de luta construído pelos movimentos sociais do campo no Brasil, particularmente pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, se contrapondo ao modelo de educação rural. Neste sentido, a pesquisa proposta busca compreender a Escola Municipal Conrado Pereira em Morada Nova - Baixa do Arroz, Monção - MA como um território em disputa, em que a juventude sem terra luta pelo acesso ao Ensino Médio e constrói seus territórios, através da educação do campo, na busca pela Reforma Agrária Popular. A partir do materialismo histórico-dialético e da pesquisa militante, a metodologia empregada baseou-se na revisão bibliográfica acerca dos conceitos e categorias como educação, juventude território e espaço; além da realização de trabalho de campo, com entrevistas semiestruturadas à representações camponesas e instituições públicas. Apesar da Escola Municipal Conrado Pereira ainda não corresponder às expectativas da educação do campo, com problemas que dizem respeito a suas práticas pedagógicas uma vez que não possui um currículo voltado para dos sujeitos envolvidos, a escola é um território em disputa desde a luta pelo assentamento e pela territorialização do campesinato através da inclusão, sobretudo, do ensino médio. A juventude de Morada Nova – Baixa do Arroz, encontra-se dividida, pois uma parte não se identificar como camponesa e sujeitos políticos de direitos, a outra parte reconhece o campo como seu território e espaço de vida e resistência, reivindicando os seus direitos, como às políticas públicas, entre elas, a educação. A juventude do campo tem um papel importante no enfrentamento ao capital e na construção da educação do campo, que assim como as escolas, são fundamentais para a construção da Reforma Agrária Popular.