A proteção social do SUAS e os sujeitos do sexo masculino: os ausentes presentes.
Ano de defesa: | 0016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/253487 https://orcid.org/0000-0002-2830-5610 |
Resumo: | Esta tese tem por objetivo analisar o lugar dos sujeitos do sexo masculino na política de Assistência Social a partir da concepção do público-alvo nos serviços socioassistenciais, nas diversas modalidades de proteção social do Sistema Único da Assistência Social (SUAS). O caminho metodológico percorrido foi o da pesquisa bibliográfica, documental e de campo, com caráter censitário, direcionada a todas as unidades públicas, CRAS, CREAS e Centro Pop, dos estados da federação e o Distrito Federal. Contou com representatividade de dez estados, 198 trabalhadores e trabalhadoras, de nível superior do SUAS, 130 atuando em CRAS, 53 no CREAS e 15 no Centro Pop, em 22 municípios de pequeno porte I, 32 de pequeno porte II, 17 de médio porte, 102 de grande porte e 25 em municípios compreendidos como metrópoles. A eleição pelos três equipamentos se justifica pela relevância no SUAS, possuem a responsabilidade de execução de serviços com a primazia estatal, o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) e o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua, vinculados ao CRAS, CREAS e Centro Pop, respectivamente. Esses equipamentos têm papel fundamental também na gestão da sua respectiva rede socioassistencial, além da articulação com as demais políticas setoriais, podendo ser compreendidos como propulsores de ações estatais que impactem diretamente em toda a sociedade no que diz respeito à transmutação da sua essência patriarcal. A pesquisa interceccionando a proteção social ofertada por meio dos serviços socioassistenciais, com ênfase na concepção do público alvo e o lugar dos sujeitos do sexo masculino, refere-se a pautas cotidianas e complexas nos espaços sócio- ocupacionais do SUAS, sobretudo para Assistentes Sociais, os quais ainda são maioria nesse campo, atendendo cada vez mais um público homogêneo na representatividade de classe, porém heterogêneo nas formas de sobrevivência, sobretudo quando pautamos classe, raça e gênero, frente a agudização das expressões da questão social, somada ao desmonte das políticas públicas e o manejo da Assistência Social, na lógica conjuntural, à mercê dos ditames de governos em descompasso com o preconizado nos marcos legais. Apesar da heterogeneidade do público mantém-se o ocultamento em face do enquadramento da caricatura que se encaixa nos extremos da focalização das ofertas, as quais impactam o aumento das desigualdades de gênero. Ensaiam novas tendências, as quais têm sido residuais, mas majoritariamente a atuação no SUAS mantém-se consubstanciada nos limites das cartilhas, predominando o ecletismo e a lógica do adestramento das famílias, isentando o sistema capitalista de qualquer responsabilidade na privação do acesso a bens e serviços, ampliando as disparidades entre homens e mulheres de todas os ciclos de vida, que, cada vez mais pobres e adoecidos, disputam as ofertas precarizadas, seguida de uma massiva responsabilização frente à ausência da proteção social de primazia estatal. |