Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Beduschi, Gabriela de Carvalho [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150379
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Resumo: |
Introdução: A terapia renal substitutiva por diálise peritoneal (DP) na doença renal crônica pode ser realizada manualmente pela DP ambulatorial contínua (CAPD) ou pala utilização de cicladoras automatizadas (APD). O impacto da modalidade de DP nos resultados clínicos, sobrevida do paciente, da técnica de diálise e risco de peritonite não foi avaliado por ensaios clínicos randomizados com alto número de pacientes. Estudos observacionais não mostraram de modo consistente, superioridade de um desses métodos. Objetivos: Comparar os resultados e desfechos clínicos do tratamento por CAPD e APD, em coorte de pacientes incidentes adultos e incluídos no Estudo Multicêntrico Brasileiro de Diálise Peritoneal (BRAZ-PD). Métodos: Estudo nacional de coorte prospectivo multicêntrico no qual foi incluídos pacientes incidentes com pelo menos 90 dias em DP. Os pacientes foram alocados em dois grupos, tratados exclusivamente por CAPD ou APD, utilizando-se o escore de propensão para pareamento dos mesmos, de acordo com as variáveis: idade, etnia, sexo, diabetes mellitus, índice de massa corporal, experiência do centro, biênio de início da DP, doença arterial coronária, doença arterial periférica, hipertensão arterial, presença de neoplasia maligna, tempo de escolaridade, renda familiar, tempo de acompanhamento pré-diálise e hemodiálise prévia. Os desfechos clínicos foram avaliados utilizando o modelo de risco proporcional de Cox e análise para riscos competitivos de Fine e Gray. A evolução dos dados bioquímicos, hemoglobina e pressão arterial foi comparada pelo teste t ou teste de Wilcoxon. Resultados: Após o pareamento, 1445 pacientes incidentes foram incluídos em cada grupo. O risco de morte por todas as causas (SHR1.44 CI95%1.21-1.71) e por causa cardiovascular (SHR1.34 CI95%1.03-1.73) foi maior nos pacientes em CAPD, mas não observamos diferença na sobrevida da técnica e tempo para o primeiro episódio de peritonite. As médias de concentração sérica de potássio e de fósforo foram menores nos pacientes em CAPD na maioria das avalições, não se observando diferenças no controle pressórico e das demais variáveis. Conclusão: Com base em um grande estudo de coorte, randomizado e prospectivo, não foram encontradas diferenças na falência da técnica e tempo para o primeiro episódio de peritonite entre a CAPD e APD. Por outro lado, a APD se associou a maior sobrevida do paciente em comparação com CAPD. Esses achados podem influenciar a escolha da modalidade e estimular uma mais ampla utilização da APD. |