O Paraguai de Roa Bastos: história e crítica social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Giacon, Giane Maria [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93352
Resumo: A literatura roabastiana sai da estante dos clássicos literários e vem a público, a fim de demonstrar sua face historiográfica e intelectual, quando expõe os vícios políticos, os medos, a cultura da sociedade paraguaia em seus “anos de chumbo”. Este trabalho visa entender a visão da ditadura estronista e da história paraguaia construída pelo escritor, roteirista e crítico literário Antonio Augusto Roa Bastos, que ganhou o mundo das letras com sua obra prima Yo, el Supremo (1974) que se constituiu uma mordaz crítica ao autoritarismo paraguaio. Este intelectual se tornou ícone da literatura paraguaia e latino- americana pela sua qualidade técnica, mas também, pela escrita compromissada desenvolvida ao longo de sua carreira literária. O exílio forçado de 1947 até 1994 tornou este escritor um cidadão do mundo e permitiu que sua visão da realidade se tornasse ampla, pois as fronteiras territoriais se apagaram. O ponto de partida de sua escrita compromissada é sua terra natal: o Paraguai, do qual, discute seus problemas políticos e sociais por meio dos fatos históricos. Por fim, em seus textos representa situações comuns ao continente americano como sendo traços de uma sociedade autoritária e violenta, na qual o sofrimento humano e a resistência política estão enraizados. Além das propostas citadas há a intenção de compreender a posição do intelectual Roa Bastos frente ao regime estronista por meio da crítica social empreendida pelo autor nos romances Yo, el Supremo (1974) e El Fiscal (1993). Ler-se-á o contexto político que produziu essas obras. Para tanto é preciso compreender a realidade política paraguaia retratada pelo romancista, pois, a nosso ver é preciso conhecer o cenário político paraguaio, no qual a obra foi gestada. Cabe ressaltar que essa realidade política foi marcada pelo autoritarismo ao longo do século XX...