Desdobramentos das escritas de educadoras nos espaços de formação na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pinto, Keila Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144349
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo analisar a atuação da professora coordenadora, como formadora na escola e compreender as relações estabelecidas nos espaços de formação continuada na escola, a partir das práticas de escrita das educadoras. Enquanto professora coordenadora há quatro anos propus-me a investigar a minha própria prática, a qual envolveu como participantes da pesquisa, a própria professora coordenadora e educadoras (professoras) da Educação Infantil, etapa I, que trabalham com crianças de 2 a 3 anos, em uma escola municipal, localizada no interior do Estado de São Paulo. O trabalho pautou-se na perspectiva da pesquisa narrativa de experiências do vivido (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015), e foi desenvolvida por meio dos diálogos com Bakhtin (2003, 2011), Freire (1997, 2011) e Larrosa (2002, 2006) ao considerar a expansão do olhar para o cotidiano, dando visibilidade às práticas singulares, atravessadas pela alteridade, a interlocução e o excedente de visão como acontecimentos essenciais à constituição humana. Os dados foram produzidos a partir dos seguintes documentos escritos: o diário pessoal da professora coordenadora; o diário de HTPC (Horas de Trabalho Pedagógico Coletivo); o plano de trabalho e diário de bordo das professoras; os registros reflexivos das professoras nos encontros de formação; as atas das HTPC’s e o Projeto Político Pedagógico da escola, e a análise dos dados foi realizada tendo como perspectiva o paradigma indiciário de Ginzburg (1989). Nessa travessia como professora coordenadora algumas lições foram aprendidas acerca dessa experiência formativa, tais como: legitimar as práticas de acompanhamento do trabalho pedagógico na escola; aproximar-me das histórias de vida das educadoras e valorizar suas experiências e saberes; priorizar a coletividade mediante objetivos comuns; as práticas de escrita como reveladoras das concepções, crenças, inquietações e satisfações das educadoras e reflexão de si mesmo e do outro; posicionar-me com responsabilidade perante o mundo vivido, assumindo o lugar de mobilizadora e provocadora de ações atentas a uma formação mais humana e emancipatória, por meio do olhar infantil e do encantamento.