A articulação teoria-prática em atividades experimentais: as relações estabelecidas por licenciandos em Física

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cardoso, Camila Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204833
Resumo: O tema da experimentação no Ensino de Física é amplamente discutido no âmbito da pesquisa brasileira desde as primeiras edições dos periódicos da área. Uma parte considerável dessas pesquisas busca investigar os principais fatores que impedem os professores de utilizar atividades experimentais em sala de aula. E, embora muitas propostas tentem amenizar essas dificuldades, é consenso que, na maioria das vezes, as atividades experimentais se fazem pouco presentes no cotidiano escolar pois é o próprio professor quem decide não as realizar, apontando problemas em sua formação inicial como justificativa central. Partindo dessa realidade, estruturamos uma disciplina de Prática de Ensino de Física focada, especialmente, para a experimentação no ensino, abordando os aspectos epistemológicos, pedagógicos e técnicos que envolvem o uso de experimentos em sala de aula, bem como aspectos práticos. No contexto dessas aulas, buscamos obter informações que indicassem como os futuros professores de Física se identificam com a experimentação, de que maneira se relacionam com um experimento e que significados constroem para o seu uso e papel no ensino da Física. Observamos que, embora os licenciandos tivessem uma relação negativa e pouco clara com os experimentos no início, a obtenção de elementos teóricos acerca do tema e a prática do seu uso de modo mais intenso contribuiu para uma mudança no quadro, levando-os a construir uma relação positiva com a experimentação, mais complexa e também mais reflexiva. Entendemos que a inserção deste estudo na formação inicial, e nos moldes de uma disciplina que articula teoria e prática, contribuiu para sanar, em algum grau, a lacuna que havia no curso de formação inicial desses licenciandos. Ainda, consideramos que a proposta dessa disciplina e sua inserção na grade curricular de um curso de licenciatura também contribuiu de modo efetivo como uma forma de suprir a ausência dos estudos acerca da experimentação na formação inicial de professores.