O construto de (Re) apresentação da estética literária dos Haikuístas do Yuba Kukai

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Michela Mitiko Kato Meneses de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/244541
Resumo: Esse doutorado decorre de minha pesquisa do mestrado que descreveu a prática de uma produção literária no interior de uma comunidade nipo-brasileira situada no noroeste paulista. Tal trabalho teve como objetivos principais apresentar e descrever, a partir da observação in loco, a manifestação literária do haiku entre os anos de 2010 e 2012, focalizando os processos de criação, de socialização e de publicação do Coletivo Yuba kukai – escritos em língua japonesa –, e iniciar a organização do acervo literário do poético haiku da Comunidade Yuba. Da coleta realizada utilizarei agora 15 haiku traduzidos e publicados na Revista Kuzu e um premiado no Japão em 2010 no concurso da NHK Zenkoku Haiku Taikai do senhor Eizo Niizu. Como justificava para essa proposta de tese alego a necessária continuidade dos estudos de um objeto apresentado inicialmente durante o mestrado, que já conta com o aval dos haikuístas Yuba. Proponho responder os seguintes questionamentos: 1) Em que medida estes lavradores-artistas nipo-brasileiros “podem falar”? 2) Quais são as implicações desse “poder”? Para tanto serão adotadas as abordagens teóricas e críticas de Spivak (2010) acerca da Subalternidade; Quijano (2005), Mignolo (2007), Grosfoguel (2008) e Ballestrin (2013) sobre os Estudos Decoloniais; Nunes (1995) e Bhabha (1998) relacionados ao Tempo; Santos (2014) tratará do Espaço; Stuart Hall (2003) da Diáspora; Maringolo (2014), Evaristo (1990, 2009, 2017, 2019, 2020, 2021) da Memória; Alexandre (2004) e Pacheco (2005) da Representação e Cunha; Schmitt-Prym (2021) e Edson Iura (2021) do haiku/haikai/haicai, posto que melhor se adequam aos sujeitos supracitados advindos do Japão e nascidos no Brasil como representantes de uma diáspora, que origina a partir de 1926 nos meados do século XX. Nesse sentido, o estudo tem como objetivo arquitetar o construto de (re)apresentação da estética poética dos haikuístas do Coletivo Yuba kukai. Para a realização do estudo utilizaremos metodologicamente das Pesquisas Bibliográficas e Etnográficas, o método quantitativo-qualitativo e a abordagem teórica crítica dos estudos subalternos e decoloniais. Os resultados alcançados nos permitirão apresentar as vozes dos haikuístas da Yama diante da tradição japonesa de produção do haiku em um país da América Latina, o Brasil.