Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Braga, Rodrigo Paschoal |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/236575
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Resumo: |
RESUMO Introdução: A perfuração de esôfago é um evento bastante grave e necessita de imediata intervenção para que não seja fatal. O tratamento dessa moléstia pode ser tanto conservador como reparador da lesão. Objetivo: Avaliar qual das intervenções leva a menor mortalidade. Método: Foi realizada uma revisão sistemática de estudos que contemplassem os dois tipos de tratamento em pacientes com perfuração esofágica não neoplásica e estudassem o desfecho mortalidade. Foram pesquisadas as principais bases de dados sem restrição de idiomas usando os termos “perfuração esofágica” AND “tratamento cirúrgico” AND “tratamento conservador”. Foi realizada metanálise com o programa Review Manager 5.4.1 utilizando-se efeito randômico. Foi planejada também a análise de subgrupos: perfuração cervical versus torácica, tempo de perfuração maior e menor que 24h, perfuração iatrogênica versus não iatrogênica e sutura versus esofagectomia na intervenção reparadora. A qualidade da evidência e força da recomendação foram avaliadas pelo sistema GRADE. Resultados: foram selecionados 40 estudos com 1673 participantes. Todos os estudos são série de casos que por sua natureza apresentam risco crítico de viés pelos potenciais confundidores associados à perfuração e também ao paciente. O desfecho mortalidade foi avaliado pelos 40 estudos. Não houve diferença no risco de morte entre os dois tipos de tratamento (RR= 1,15; IC 95% 0,88 a 1,52; I2= 0%). Em 11 estudos foi possível separar a mortalidade segundo a etiologia. Na etiologia iatrogênica, 201 participantes, não houve diferença na mortalidade entre as intervenções (RR 1,36, IC 95% 0,64 a 2,91, I2= 4%). Na etiologia não iatrogênica, 165 pacientes, não houve diferença na mortalidade entre as intervenções (RR 0,92, IC 95% 0,43 a 1,95, I2= 0%). Não houve diferença na mortalidade quando comparada a etiologia iatrogênica com a não iatrogênica (RR 0,68, IC 95% 0,42 a 1,10, I2= 8%). A comparação da mortalidade da perfuração cervical com a torácica, só foi possível em oito estudos, 306 participantes, e não houve diferença na mortalidade entre os grupos (RR 0,69, IC 95% 0,27 a 1,76, I2= 24%). A mortalidade segundo a intervenção cirúrgica foi possível em 21 estudos, 504 participantes. Não houve diferença no risco de morte entre sutura e esofagectomia (RR 0,62; IC 95% 0,32 a 1,20; I2= 24%). Não foi possível combinar os estudos quanto ao tempo de internação em enfermaria e UTI. A qualidade da evidência pelo sistema GRADE foi considerada muito baixa e a força da recomendação avaliada pelos oito itens que a regem mostra que os dois tratamentos podem ser recomendados. Conclusão: conclui-se que tanto o tratamento conservador como o tratamento cirúrgico pode ser recomendado. Não foi possível mostrar diferenças entre os subgrupos e nem do tempo de internação entre os dois tratamentos. |