Estudos in vitro sobre a atividade anti-helmíntica de lignanas extraídas da piper cubeba e in sílico com as proteínas β-tubulina e fosfoetanolamina metil transferase do haemonchus contortus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Féboli, Aline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192174
Resumo: O estudo sobre o uso de plantas e metabolitos secundários tem sido uma das alternativas mais estudadas nos últimos anos como forma de controlar a parasitose em ovinos provocada principalmente pelo nematoide Haemonchus contortus. A Piper cubeba é uma pimenta asiática que apresenta uma série de propriedades biológicas, incluindo atividade antiparasitária, sendo essa atividade, muitas vezes atribuida às lignanas cubebina, hinoquinina e diidrocubebina, que estão presentes na planta em maior concentração. Estudos in vitro com o extrato da Piper cubeba e com as lignanas cubebina, dihidrocubebina e hinoquinina demonstraram que esses compostos apresentam importante ação contra os vários estágios do desenvolvimento de vida do nematoide Haemonchus contortus, sendo a hinoquinina a mais eficaz (CE50 = 68 μg / mL contra ovos, CE50 < 35 μg / mL contra o estágio L1 e CE50 = 0.34 μg / mL contra o estágio L3). Devido à relevância desses resultados foram então realizados estudos de docking molecular com essas lignanas com o objetivo de avaliar a ação desses compostos com as proteínas fosfoetanolamina metil transferase (FMT) e a proteína tubulina do H. contortus usando o albendazol como fármaco de referência. O estudo de docking consensual utilizou os softwares Maestro 10.1, GOLD 5.3 e Autodock 4.2. Os resultados in sílico quando comparados aos resultados in vitro, demonstraram que o mecanismo de ação da hinoquinina, que se mostrou mais ativa, pode estar relacionado à inibição, tanto da β-tubulina como da FMT-2. Embora sejam necessárias mais pesquisas, os resultados indicam que a hinoquinina, ainda que não seletiva para a FMT, pode ser usada como alvo promissor para o desenvolvimento de novos anti-helmínticos para o controle da infecção causada pelo H. contortus.