Estudo sobre a atividade larvicida dos extratos dos frutos da piper cubeba l. (piperaceae) e de suas principais lignanas contra aedes aegypti l. (diptera: culicidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gomes, Ana Caroline da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202546
Resumo: O mosquito Aedes aegypti L. (Diptera: Culicidae) é o vetor responsável pelo Dengue e outras arboviroses que juntas são responsáveis pela morte de milhares de pessoas em países tropicais como o Brasil. Na tentativa de substituir o uso de inseticidas para o controle químico do vetor, já pouco eficaz devido à resistência do mosquito aos inseticidas, muitos estudos têm sido conduzidos com o uso de extratos de plantas e de metabolitos secundários isolados dos mesmos, contra as principais fases de desenvolvimento do mosquito. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi investigar a possível atividade larvicida de extratos dos frutos da Piper cubeba L. e das lignanas cubebina e hinoquinina isoladas do extrato hidroetanólico. O extrato bruto foi obtido por maceração exaustiva dos frutos secos e triturados de Piper cubeba L. em etanol 70% à temperatura ambiente por 7 dias. O extrato bruto foi fracionado com hexano, obtendo-se o extrato em hexano e o extrato hidroetanólico. O extrato hidroetanólico foi submetido à cromatografia em coluna de sílica gel para o isolamento da hinoquinina e cubebina. Nos bioensaios com o estágio L3 das larvas do Aedes aegypti os extratos hexânico e hidroetanólico apresentaram respectivamente, CL50 de 185,84 ppm e 191,1 ppm, a cubebina foi inativa e a hinoquinina apresentou CL50 de 97,5 ppm, num tempo total de exposição de 24 horas. A hinoquinina dentre as substâncias isoladas e extratos avaliados foi a que apresentou maior ação larvicida sendo esse resultado também confirmado pelas análises de microscopia eletrônica de varredura onde os maiores danos na cutícula das larvas foram observados para as larvas tratadas com hinoquinina. Apesar de preliminares esses resultados indicam a hinoquinina como um composto promissor para futuras avaliações sobre outros estágios do desenvolvimento de vida do mosquito, contribuindo para o estudo sobre o uso de produtos naturais como alvos para o desenvolvimento de novos inseticidas para o controle desse vetor.