Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Roncone, Victória Maria de Freitas Davi [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/257325
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Resumo: |
Esta pesquisa teve por objetivo estudar o romance Memórias de Mama Blanca (1929), da escritora venezuelana Teresa de La Parra (1890-1936), considerando o hibridismo da narrativa. O gênero memorialístico integra textos que podem relatar a trajetória de uma vida ou a história de um grupo. Entende-se como memória o registro do vivido, a preservação e resgate de imagens e/ou reconstrução da experiência humana (Bergson, 1990). Em contrapartida, a narrativa de Teresa de la Parra mostra-se híbrida, entre outros aspectos, por mesclar o factual com o ficcional em um texto marcadamente autobiográfico, que contém duas narradoras fictícias. A análise do romance foi realizada sob a luz dos estudos de Philippe Lejeune (2008), que apresenta os mecanismos que sustentam as narrativas fundadas no “eu”, entre elas, a autobiografia e a memória, baseando-se no conceito de “pacto autobiográfico”; e nas considerações de Manuel Alberca (2007), que agrupa os pactos autobiográfico e romanesco, de Lejeune, e disserta sobre a forma de recepção específica do “leitor-ideal”. Para compreender o que é factual e ficcional na narrativa estudada, foi feito um breve levantamento de dados sobre a vida da autora, com base nos estudos de Velia Bosch (1984) e Ana María Caula (2017), além da busca dos acontecimentos que marcaram o momento histórico-político no qual a obra está inserida, enfatizando as transformações da Venezuela, país em que se passa a narrativa. A análise realizada contempla, também, reflexões sobre como o feminismo foi importante para a expansão da literatura de autoria feminina, possibilitando que escritoras como Teresa de la Parra se tornassem parte do cânone literário. |