Efeito do laser de femtossegundo na paralisação de lesões iniciais de cárie em esmalte
Ano de defesa: | 2025 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/295448 https://lattes.cnpq.br/1047215705701994 |
Resumo: | Considerando a ausência de estudos empregando laser de femtosegundo para a paralisação de lesões iniciais de cárie em esmalte, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da irradiação do laser de femtosegundo com parâmetros sub ablativos na remineralização e progressão de lesões de cárie inicial em esmalte. Fragmentos de incisivos bovinos (5x5mm) foram planificados, polidos e selecionados com base na média dos valores de microdureza superficial inicial do esmalte (n=72). Lesões iniciais de cárie foram desenvolvidas nas superfícies de esmalte dos espécimes. Posteriormente, os espécimes foram aleatoriamente divididos em 6 grupos de acordo com a aplicação de diferentes tratamentos (1. Laser femtosegundo; 2. Flúor Fosfato Acidulado; 3. Flúor Fosfato Acidulado + Laser femtosegundo; 4. Verniz fluoretado; 5. Verniz fluoretado + Laser femtosegundo; 6. Controle, sem tratamento) durante a simulação da progressão das lesões de cárie. A microdureza superficial final foi avaliada para calcular a porcentagem de variação de microdureza superficial. A seguir, cada fragmento foi seccionado longitudinalmente no centro da lesão de cárie para a avaliação da microdureza longitudinal nas seguintes distâncias a partir da superfície externa do esmalte: 10, 30, 50, 70, 90, 110 e 220 μm. Os dados de variação de microdureza superficial e de microdureza longitudinal do esmalte foram avaliados estatisticamente com nível de significância de 5% pela Análise de Variância a um fator e teste de Tukey para comparação múltipla das médias. Os resultados mostraram que o grupo controle (G6) apresentou a maior variação da perda de microdureza superficial do esmalte, com diferença estatística significativa (p < 0,05) em relação aos demais grupos. Os grupos G1, G4 e G5 mostraram as menores perdas de microdureza, sendo estatisticamente semelhantes entre si (p > 0,05) e diferentes dos demais (p < 0,05). Já os grupos G2 e G3 apresentaram resultados semelhantes entre si (p > 0,05), mas distintos em relação aos outros grupos (p < 0,05). Os resultados também mostraram que os grupos G1, G4 e G5 apresentaram maiores valores de microdureza longitudinal (p < 0,05) de 10 µm a 220 µm. O grupo G2 teve valores inferiores a G1, G4 e G5 até 90 µm (p < 0,05), mas foi semelhante a esses grupos em 110 µm e 220 µm (p > 0,05). O grupo G6 apresentou menores valores em 10 µm e 30 µm (p < 0,05). Já o grupo G3 foi semelhante a G2 em 10 µm e 30 µm (p > 0,05) e a G1 em 70 µm e 90 µm (p > 0,05). Pode-se concluir que, embora tenha sido observada uma desaceleração da desmineralização, nenhum dos tratamentos aplicados foi capaz de interromper ou reverter completamente as lesões iniciais de cárie no esmalte. No entanto, o uso do laser de femtosegundo, isolado ou em combinação com a aplicação tópica de verniz fluoretado, demonstrou o melhor desempenho ao reduzir a perda mineral em comparação ao grupo controle. |