Eficiência no uso de nitrogênio no milho (Zea mays L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Maisa Nascimento [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250108
Resumo: O milho é um dos cerais de maior produção no Brasil e, para atingir altas produtividades, aumenta-se o uso de fertilizantes nitrogenados, os quais contribuem para a emissão de óxido nitroso e intensificam o efeito estufa, sendo uma das técnicas para redução de aplicação desses fertilizantes a obtenção de cultivares eficiente ao uso do nitrogênio. O objetivo da pesquisa foi determinar o controle genético da eficiência no uso de nitrogênio em milho e identificar genótipos eficientes. Foram utilizados 49 híbridos, sendo que 48 foram obtidos por meio de cruzamentos dialélicos parciais, com oito linhagens da população IG-3 e seis linhagens da população IG-4, e um híbrido comercial. Os experimentos foram instalados em sete ambientes, sendo a combinação de ano (2013/14 e 2014/15), safra (1º e 2º) e local (Piracicaba - SP e Jaboticabal – SP), com o delineamento látice quadrado. Foram desenvolvidos dois experimentos em cada ambiente, um com adubação de cobertura e o outro sem adubação de cobertura. Avaliou-se a produção de grãos com (PGCN) e sem (PGSN) aplicação de nitrogênio em cobertura, a eficiência agronômica em baixa disponibilidade de nitrogênio (EABN) e a média harmônica de desempenho relativo (HMRP). Observou-se que a EABN é controlada por efeitos genéticos não aditivos, recomendando a obtenção de híbridos. Para PGSN tanto a capacidade geral de combinação (CGC), como a capacidade específica de combinação (CEC) foram significativas. No grupo IG-3 as linhagens 1 e 2 apresentaram maior efeito para PGSN, PGCN e HMRP, já para EABN a linhagem 8 foi superior. No IG4 as linhagens 4, 1 e 6 foram superiores para PGSN, PGCN e HMRP. Considerando EABN, houve destaque para a linhagem 3. Os híbridos superiores para PGCN, EABN e HMRP foram 7, 3, 47, 10, 45, 24, 23, 4, 33, 17, 30, 42, 41, 31, 25 e 37. Assim, para as características PGSN, PGCN e HMRP foram indicadas as linhagens IG3-2, IG3-1, IG4-5, IG4-1 e IG4-6, e para PGSN, EABN e HMRP foram indicados os híbridos 3, 7, 10 e 47. Os híbridos foram classificados de acordo com a sua eficiência e responsividade, logo, 23 % dos híbridos foram classificados como ideais, pois, são eficientes e responsivos; 21% como eficientes e não responsivos; 23% como não eficientes e responsivos e 33% como não eficientes e não responsivos. Assim 67% dos híbridos podem ser usados pra melhorar a eficiência no uso de nitrogênio. Avaliando a estabilidade dos híbridos, 32,6% apresentaram alta produtividade e alta estabilidade para PGSN e PGCN, já para EABN 30,6% dos híbridos apresentaram alta produtividade e alta estabilidade, e por meio do índice de estabilidade multivariado foram selecionados 12 híbridos superiores. Podemos selecionar os híbridos 3, 4, 7, 10, 23, 25, 31, 37, 41, 42, 43 e 49 com estabilidade para EABN. O controle genético na produção de grãos de milho em condições de baixa disponibilidade de nitrogênio é predominantemente não aditivo, sendo recomendada a obtenção de híbridos. Nesta população foi possível selecionar híbridos superiores quanto à eficiência e responsividade, bem como em relação à produtividade e estabilidade.