Educação musical no espaço rural: subsídios curriculares para as Escolas do Campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Vieira, Márlon Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255263
Resumo: A questão de pesquisa que impulsionou este trabalho ligava-se a elementos relacionados à Educação Musical no ambiente rural. Ela permitiu que se elegesse como objetivo principal encontrar subsídios para a construção de propostas pedagógicas adequadas a uma escola do campo. Os objetivos específicos, sugeriram que esses subsídios auxiliassem a estabelecer propostas curriculares na área de Música, capazes de levar a práticas pedagógico-musicais significativas, que legitimassem os saberes que emanam dos espaços rurais. Para compreender as diferentes questões acerca do objeto de estudo, utilizou-se o método qualitativo. A partir dos subsídios propostos, relatam-se as experiências vivenciadas e os resultados obtidos com estudantes de uma escola do campo. A fundamentação teórica encontrada nos estudos de Ivor F. Goodson e Tomaz Tadeu da Silva permitiram abordar aspectos diretamente relacionados ao currículo; em Boaventura de Souza Santos, encontraram-se subsídios para compreender os aspectos sociológicos ligadas a este estudo; Raymond Murray Schafer, Marisa T. de Oliveira Fonterrada e Chefa Alonso forneceram insights acerca de Ecologia Sonora, Práticas Criativas, Nomadismo e Educação Musical. Além da discussão a respeito de currículo, a pesquisa apresenta experiências realizadas na Escola Estadual Municipalizada Francisco Rodrigues Cabral – uma escola do campo localizada em Seropédica/RJ, com estudantes da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental. O trabalho atendeu crianças na faixa de 4 a 11 anos. Considera-se este trabalho de grande importância, pois valoriza os saberes culturalmente constituídos na ruralidade, reconhece a escola como artefato social e propõe um processo de construção de currículo para a Educação Musical, em que foram levados em conta, tanto o contexto histórico, quanto a cultura e a vida cotidiana da comunidade local. Houve, também, preocupação com o que pode ser ensinado e aprendido na escola, com especial atenção à ecologia sonora e ao pensamento criativo. Como em Educação Musical, essas temáticas ainda pertencem a um campo em desenvolvimento, considera-se essencial que sejam difundidas entre pesquisadores e educadores musicais.