Docentes, currículos e a produção de significados para a educação musical na escola

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Feijó, Leidiane Borba de Souza
• Orientador(a): Osório, Mara Rejane Vieira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
• Departamento: Faculdade de Educação
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Educação; Currículo; Educação musical; Docentes de música; Escola pública; Curriculum; Musical education; Music teachers; Public school
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9524

Esta pesquisa teve como objetivo compreender e problematizar os depoimentos sobre Educação musical (EM) de quatro docentes de música que atuam em cinco escolas públicas da rede municipal de Pelotas/RS. A intenção foi chamar a atenção para como professores, dentro de suas possibilidades, dão significados e produzem a EM nesses currículos escolares. Para dar conta deste objetivo foi importante a contribuição da perspectiva dos estudos sobre currículo que seguem o viés foucaultiano. Com estas lentes olhei para o currículo escolar como prática de significação e o trabalho docente como parte fundamental da construção de significados sobre EM que circulam nestes currículos, ou seja, aquilo que os compreendem, fazem ou podem fazer, como atuam, produz significados para EM escolar. Basicamente, a Educação Musical é compreendida como um componente curricular desvalorizado em relação aos saberes considerados, de longa data, como os mais relevantes; as condições de trabalho são precárias, faltam estruturas adequadas para o ensino de música; parece não haver muita clareza sobre o foco, o objeto e os objetivos da Educação Musical escolar; e os docentes de música, no fluxo destas condições, ainda não conseguiram, embora manifestem desejo, se articular como categoria e criar suas lutas e pressões para que a EM seja de outra forma. Os depoimentos mostram indignação com a medidas autoritárias da secretaria de educação, mas também, esperanças de que é por este espaço que as transformações devem acontecer.