Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Cássia da Silva Antico [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/144647
|
Resumo: |
Fundamento: A reestenose de stent coronariano convencional é a principal limitação da angioplastia coronariana com implante de stent. Existem evidências de que as placas de carótidas são consideradas preditoras de eventos coronarianos. Objetivos: 1- avaliar o aspecto ultrassonográfico das carótidas em pacientes submetidos à cinecoronariografia com história de angioplastia coronária e implante de stent convencional dentro de 12 meses; 2- associar a espessura médio-intimal de carótidas (EMIC) e a ecogenicidade das placas de aterosclerose carotídeas com a ocorrência de reestenose de stents convencionais coronarianos. Métodos: Estudo observacional incluindo 121 pacientes consecutivos submetidos à cinecoronariografia como estratificação de risco de angina estável, que apresentavam história de angioplastia coronária e implante de stent convencional em até 12 meses. Foram efetuadas avaliações clínicas determinando os fatores de risco clássicos para doença cardiovascular e medicações em uso contínuo; avaliações angiográficas de coronárias para avaliar reestenose de stent e avaliações ultrassonográficas de carótidas, considerando a espessura médio-intimal de carótidas, a presença de placas de aterosclerose e a ecogenicidade destas placas. Os dados foram analisados por meio de regressão múltipla de Cox. Nível de significância p<0,05. Resultados: A mediana de idade dos pacientes foi de 60 anos (idade mínima de 36 anos e máxima de 85 anos), sendo 64,5% do sexo masculino. A hipertensão arterial sistêmica foi identificada em 91 pacientes (75,2%), tabagismo em 58 (47,9%), diabetes em 47 (38,8%) e dislipidemia em 119 (98,3%). Houve reestenose de stent coronariano convencional em 57 (47,1%) pacientes. As placas hipoecogênicas de carótidas estavam presentes em 55 (45,5%) pacientes, e 66 (54,5%) pacientes não apresentavam placas ou tinham placas hiperecogênicas. A EMIC estava aumentada em 43 (35,5%) pacientes. Considerando os pacientes que tinham placa hipoecogênica de carótidas, 50 (90,9%) pacientes apresentaram reestenose de stent coronariano, e os pacientes que tinham placa hiperecogênica ou ausência de placas de carótidas, apenas 7 (10,6%) apresentaram reestenose de stent coronariano. A análise univariada mostrou que o risco de reestenose de stent coronariano foi maior no gênero masculino, entre pacientes que apresentavam placas ateroscleróticas hipoecogênicas de carótidas e entre pacientes com valores aumentados de EMIC. Pela análise de regressão múltipla de Cox, ajustada para o risco de reestenose de stent coronariano convencional em função dos potenciais preditores mais fortemente associados (p<0,05) com a reestenose, a presença de placas hipoecogênicas nas carótidas aumentou o risco de reestenose de stent coronariano em 8,21 vezes (RR= 8,21; IC95%: 3,58 – 18,82; p<0,001). Conclusões: A presença de placas ateroscleróticas hipoecogênicas nas carótidas constitui forte preditor de risco para reestenose de stent convencional em coronárias e poderia também ser considerada juntamente com outros preditores de risco na tomada de decisão em relação ao tipo de stent a ser utilizado na angioplastia coronária. |