Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Molina, Marina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/295628
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Resumo: |
O Papilomavírus Humano (HPV) é considerado o agente etiológico de infecções sexualmente transmissíveis mais comum ao redor do mundo. Quando há uma infecção ativa por HPV, pode ou não haver alterações no colo do útero, com possível progressão para neoplasias. A presença isolada do HPV não é fator determinante para a tumorigênese. Este processo depende de diversos fatores, como presença de um genótipo de alto risco oncogênico (hrHPV), hábito tabagista, iniciação sexual precoce e composição da microbiota cervicovaginal que, em estado de eubiose, é caracterizada pelo predomínio do gênero Lactobacillus spp. A vaginose bacteriana (VB) é a disbiose vaginal mais comum em mulheres em idade reprodutiva, caracterizada pelo aumento de bactérias anaeróbias, como Gardnerella spp. Mulheres com VB apresentam menor taxa de clearance viral do HPV. Na presença de lesões com HPV, diversos peptídeos antimicrobianos sofrem alteração na sua produção e liberação. Em particular, a expressão do peptídeo Elafina/Trappin-2, um inibidor de serino-proteases, é significativamente menor quando na presença de infecção pelo HPV. Dessa forma, o objetivo deste estudo consiste em comparar os níveis cérvico-vaginais de elafina em mulheres em idade reprodutiva de acordo com o status da infecção pelo HPV, bem como determinar se a alteração desse mediador durante a infecção pelo HPV está associada à VB. O presente estudo analisou a quantificação de elafina de 626 amostras cérvico-vaginais por ensaio imunoabsorvente ligado à enzima (ELISA) de acordo com status de infecção por hrHPV e composição da microbiota vaginal. Os dados da quantificação foram comparados utilizando os testes não paramétricos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, com p<0,05 considerado significativo. Os valores de mediana de elafina foram significativamente mais altos em mulheres hrHPV-positivas com VB (1.390 pg/mL) em comparação àquelas com microbiota normal (1.079 pg/mL), p<0,0001. No grupo de participantes hrHPV-negativas, mulheres com microbiota vaginal normal apresentaram níveis estatisticamente maiores de elafina (mediana 1.594 pg/mL) em relação àquelas com VB (904 pg/mL), p<0,0001. Com relação à presença de infecção pelo hrHPV, independentemente da microbiota vaginal, os níveis de elafina não apresentaram diferença estatisticamente significativa quando comparados ao grupo que não apresentava a infecção viral. Concluindo, níveis elevados de elafina na infecção por hrHPV concomitante à VB sugerem envolvimento na resposta imunológica local em resposta a alterações na microbiota. |