Avaliação do uso de coprodutos de frutas na alimentação de Tilápias-do-Nilo (Oreochromis niloticus).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Chotolli, Andrey Piante [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250550
Resumo: Os objetivos neste estudo foram caracterizar coprodutos agroindustriais de maçã, acerola e uva e avaliar os efeitos de sua inclusão na dieta de tilápias sobre os parâmetros bioquímicos séricos e o estado oxidativo dos peixes e a qualidade da carne. Nos farelos das frutas foram medidos os compostos fenólicos, os carotenoides e suas atividades antioxidantes. O experimento com as tilápias foi realizado em um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e seis repetições. Os tratamentos foram: C – ração controle, sem farelo de frutas, e três rações contendo farelos de acerola (FA) ou maçã (FM) ou uva (FU) na proporção de 5%. Os peixes foram criados em sistema fechado de recirculação de água, com aeração forçada e alimentação na proporção de 6% da biomassa de cada caixa, dividida em duas vezes ao dia, por 45 dias. A manutenção da qualidade da água foi realizada por meio de sifonagens e trocas parciais de água, acompanhadas do controle dos parâmetros físico-químicos (valores médios: temperatura 23,89 ± 0,71 ºC; pH 7,17 ± 0,04; nitrito 1,68 ± 0,8 ppm; amônia 2,46 ± 0,29 ppm; oxigênio dissolvido 9,78 ± 0,58 ppm). Os peixes foram pesados e medidos para a obtenção dos dados de desempenho produtivo (ganho de peso, fator de condição corporal e eficiência alimentar) e o sangue foi coletado para as análises bioquímicas e do estado oxidativo. Após o abate, os fígados foram removidos e pesados para a determinação do índice hepatossomático e os filés foram removidos para as análises de composição centesimal e peroxidação lipídica. Os resultados foram analisados estatisticamente por análise de variância e teste de Tukey, adotando-se o nível de significância de 5%. O farelo de uva apresentou a maior concentração de compostos fenólicos totais (857 ± 2,6 μg/100 mg), carotenoides (5,76 ± 0,58 mg/kg) e a maior atividade antioxidante (136 ± 4,98 μ Trolox/g), seguido dos farelos de acerola e maçã. A inclusão dos farelos de frutas nas dietas das tilápias promoveu maior deposição de lipídios nos filés (FA (%): 3,17 ± 0,86; FM (%): 3,14 ± 0,56; FU (%): 2,83 ± 0,12) e o farelo de uva promoveu maior deposição de proteínas (16,55 ± 0,31 %). Todos os farelos de frutas retardaram o estabelecimento da peroxidação lipídica durante o tempo de armazenamento sob congelamento. Os peixes alimentados com o farelo de acerola obtiveram o maior ganho de peso (656,167 ± 189,825 g) e as dietas contendo os farelos de frutas mantiveram ou melhoraram os parâmetros bioquímicos indicadores do estado de saúde e melhoraram os indicadores do estado oxidativo dos animais. Os resultados confirmam a sugestão de uso de coprodutos da industrialização de frutas na alimentação de peixes como forma de melhorar a qualidade físico-química da carne e melhorar a condição fisiológica dos animais.