Exportação concluída — 

Duas formas da recepção das idéias de Lukács no Brasil: estética e ontologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Nieri, Ederaldo Luiz [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/88524
Resumo: Este trabalho se propôs a abordar dois momentos da receptividade das idéias de Lukács no Brasil: a das idéias filosófico-estéticas; a das idéias filosófico-ontológicas. Demonstrou-se que o significativo consiste no caráter ídeo-político que se conferiu a ambos momentos – configurando uma unidade de continuidade-descontinuidade. No decurso dos anos 1960, jovens comunistas inspiraram-se nas idéias estéticas do filósofo para a elaboração de um projeto de política cultural como um momento de uma “renovação” política (do PCB). Neste contexto, se enfatizou dois pontos: que a política cultural de extração lukacsiana é incompatível com a tradição cultural do partido, que, no campo específico da arte, além de determinar-se por categoriais não-imanentes à produção estético-artística, caracterizara-se por elementos estéticos de extração stalinistazhadnovista; e, que em razão de conceber dialeticamente as relações entre as revoluções burguesa e proletária, As Teses de Blum se distinguem das Teses (de extração terceiro-internacionalista stalinizada) estratégico-políticas propugnadas pelo PCB após 1958. Mediados pelas idéias ontológicas de Lukács, no contexto do capitalismo contemporâneo, autores marxistas (Sérgio Lessa, Ricardo Antunes, José Chasin, José Paulo Netto, Ivo Tonet), explicitam, primeiro, a falácia das teses que propugnam a descentralidade do trabalho do mundo humano-social, segundo, que a determinação do trabalho como o fundamento ontológico do ser social une-se à imperiosa necessidade de se emancipar a humanidade dos ditames do capital – neste sentido, conferem à sua adoção destas idéias lukacsianas, ainda que no âmbito das atividades acadêmicas, uma dimensão ídeo-política. Enfatizou-se esta dimensão em três momentos: mediante a explicitação de que o trabalho abstrato fundamenta as sociedades contemporâneas...