Superdotação e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: um estudo de indicadores e habilidades sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ogeda, Clarissa Maria Marques [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191638
Resumo: Na atualidade, torna-se cada vez mais consensual a necessidade de uma sociedade e uma escola para todos, que levem em conta as diferenças individuais. Quando versamos sobre o público-alvo da Educação Especial, temos que os estudantes com comportamento superdotado são os únicos que sempre estiveram inseridos nas escolas, mas, infelizmente, invisíveis aos olhos da comunidade escolar. Partindo desse pressuposto, embora esses sujeitos tenham sido citados pela primeira vez na legislação, há mais de 40 anos, a temática é ainda permeada por muitos mitos, sendo que um dos que se percebe mais inculcado no imaginário social é o de que o estudante com comportamento superdotado não tem pontos fracos. Se não bastassem os mitos, existem alguns fenômenos que se expressam por comportamentos similares a esses estudantes e que podem ocasionar erros diagnósticos, como o TDAH. Na literatura, constata-se uma aceitação cada vez maior ao fato de que esses comportamentos também podem se verificar associados no indivíduo, originando uma dupla excepcionalidade, a qual causa manifestações diferenciadas e forma um subgrupo dentro da população dos estudantes com comportamento superdotado. As características similares e a falta de formação sobre os dois fenômenos e a dupla excepcionalidade fazem com que esses estudantes não sejam identificados corretamente e, consequentemente, atendidos à medida de suas necessidades. Paralelamente a isso, a incidência de TDAH em estudantes com comportamento superdotado vem crescendo a uma taxa considerada imprevista, e esses estudantes tendem a apresentar problemas socioemocionais, o que os coloca em situação de vulnerabilidade. Parece ter chegado a hora de a área da educação do superdotado priorizar estudos sobre essas subpopulações especiais. Nesse contexto, o objetivo geral desta pesquisa foi identificar indicadores de Superdotação e TDAH em estudantes precoces com comportamento superdotado e em estudantes com a hipótese diagnóstica de TDAH. Os objetivos específicos foram: identificar indicadores de Superdotação e de TDAH, pela avaliação dos pais/responsáveis; avaliar o repertório de Habilidades Sociais, por meio da avaliação dos pais/responsáveis e do protocolo de autoavaliação; realizar uma identificação preliminar de casos de dupla excepcionalidade; investigar a percepção dos pais/responsáveis sobre os estudantes inseridos nos fenômenos pesquisados; analisar comparativamente similitudes e diferenças nos indicadores encontrados em cada um dos grupos e avaliar a relação dos dados com os indicadores da dupla excepcionalidade. Os sujeitos foram 12 estudantes de seis a treze anos de idade e seus respectivos pais/responsáveis, um total de 36 participantes. Para atingir os objetivos, foram utilizados cinco instrumentos, a saber: Questionário de Avaliação Sociodemográfica e Socioemocional, Checklist de Características Associadas à Superdotação, MTA-SNAP IV, um roteiro de entrevista semiestruturada e o Sistema de Avaliação de Habilidades Sociais. A coleta e a análise dos dados foram realizadas juntamente com uma psicóloga, posto que esse último instrumento é de uso restrito. Foram identificados dois estudantes com indicativos de dupla excepcionalidade, um em cada grupo. Almeja-se que cada vez mais se esteja ciente e se reconheça que estudantes com comportamento superdotado e/ou TDAH estão sendo negligenciados pela falta de identificação dessa dupla excepcionalidade.