Resumo: |
O uso de enxertos ósseos provenientes de bancos de tecidos, também conhecidos como enxertos homólogos, tem aumentado nos últimos anos. Seu uso é indicado na ausência de osso autólogo para captação, ou em casos aonde o paciente apresenta resistência frente à necessidade de manipulação de um segundo leito cirúrgico para captação do biomaterial autólogo. Existem poucos estudos a respeito do comportamento biológico destes enxertos, em especial comparando blocos corticais e cortico medulares, e qual a sua eficiência quando comparado aos enxertos autólogos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar, em humanos, a incorporação dos enxertos ósseos homólogos cortical (AL C) e cortico medular (AL CM) comparativamente ao autólogo (AT), com análises tomográfica, histológica e histomorfométrica. Para tal foram avaliados 45 pacientes, sendo que 15 foram submetidos a enxertos ósseos AT, 15 a enxertos ósseos AL CM e 15 com enxerto AL C. Tomografias foram obtidas em três períodos distintos para todos os grupos(AT, AL CM e AL C), antes da cirurgia de enxerto, imediatamente após e oito meses (período final) depois da realização dos enxertos. Após o período final para cada grupo foram removidas biópsia dos enxertos. Análise histomorfométrica dos cortes descalcificados foram realizadas para avaliar a quantidade de osso vital e não vital. Os resultados da análise tomográfica demonstraram maior perda de volume ósseo no grupo AL CM. A análise histomorfométrica mostrou que o grupo AT apresentou maior quantidade de osso vital (27,6%), seguido pelo AL CM (20,3%) e pelo AL C (12,4%). As diferenças foram estatisticamente significantes. Desta forma, pode-se concluir que o osso homólogo cortical apresentou um grande atraso na remodelação óssea. |
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