A proposta do “Movimento pela Base” para a formação de professores na educação infantil: uma análise à luz da pedagogia histórico-crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Volpin, Gizeli Beatriz Camilo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237083
Resumo: O trabalho do professor da Educação Infantil é objeto inesgotável no campo das pesquisas, pois ainda existe a necessidade de compreender os determinantes que interferem e contribuem para que essa etapa da educação básica assuma um caráter assistencialista ou de mera preparação para o Ensino Fundamental. Como vimos no decorrer da história, as políticas públicas para a educação brasileira sofreram a influência dos órgãos internacionais e do setor privado. No processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular, essas ações se intensificaram de forma significativa e evidenciaram os interesses das classes dominantes, das relações mercadológicas que amparam o capitalismo. Em função desse contexto e das fragilidades do sistema educacional do Brasil, buscamos analisar a proposta do “Movimento pela Base” para a formação de professores na Educação Infantil, à luz da Pedagogia histórico-crítica, a fim de compreendermos o tipo de orientação pedagógica defendida pelos seus idealizadores em relação à abordagem no trabalho com as crianças. A metodologia, do tipo documental com fundamentação no materialismo histórico-dialético, utilizou na coleta de dados os recursos disponíveis nos sites dos apoiadores pertencentes à iniciativa privada do referido movimento, sendo eles: Associação Brasileira de Avaliação Educacional, Itaú Social, Fundação Lemann, Fundação Roberto Marinho, Instituto Ayrton Senna, Unibanco, Instituto Inspirare, Instituto Natura, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, incluindo a plataforma do próprio movimento. A análise procedeu da teoria supracitada e considerou seus fundamentos ontológicos, didáticos e pedagógicos. Concluímos que a proposta de formação do “Movimento pela Base” para a educação escolar na Educação Infantil esvazia o trabalho do professor, uma vez que valoriza o conhecimento cotidiano, enfatiza o pragmatismo, além de priorizar o individualismo do sujeito em formação, fator que limita sua percepção para as questões mais amplas, as quais envolvem a dinâmica do trabalho educativo, a coletividade e as relações históricas construídas, determinantes para a realidade contemporânea.