Os usos de brasilidade ou a história de um conceito identitário.
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/259404 http://lattes.cnpq.br/1733431956391504 https://orcid.org/0000-0002-5545-0186 |
Resumo: | A proveniência da palavra brasilidade remete à primeira metade do século XX e não são poucos os trabalhos acadêmicos, incluindo trabalhos em história, que perpassam o vocábulo ao se debruçarem sobre produções culturais do período. Entretanto, em grande parte dos casos, essa brasilidade apresenta emaranhados de significados, em outras, opera como um termo alternativo para “identidade brasileira”. Mas o que seria essa brasilidade? Pouquíssimas pesquisas admitem que sua significação não é alva. Se partirmos da ideia de “identidade brasileira”, caímos em outras grandes questões: de que identidade e de que brasileiro estamos falando? Esses mesmos questionamentos podem ser aplicados, igual maneira, no uso corrente. Assim, essa tese perscruta os diversos usos, significações do vocábulo, que contribuem ou contribuíram para o engendramento do conceito de brasilidade em tempos distintos, mapeia os “tecidos” que se propuseram a distinguir o sentido de brasilidade, identificando a existência de estereótipos e de formas discursivas, bem como a existência de narrativas específicas intrínsecas a esses usos, a fim de compreender as formulações de Brasil operantes. Como um “tecido” protagonista, a pesquisa aborda periódicos publicados entre as décadas de 1920 e 1930, mas também adentra publicações situadas na década de 1940 e 1950. Ademais, inspirada por formulações foucaultianas, por trabalhos de Vilém Flusser e de Walter Benjamin e sem abandonar as propostas da História dos Conceitos formulada por Koselleck, esta tese assume que a emergência de um vocábulo não é linear, nem no tempo e nem em suas cadeias de significados. Esta não linearidade aponta o advento dessa nova palavra em meio a um campo lexical muito caro aos historiadores: entre as ideias de pátria, nação e o “me ufano”. |