Diversidade e história de vida dos camarões Alpheidae de regiões intermareais no limite sul do Estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pescinelli, Régis Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181214
Resumo: Estudos sobre a biodiversidade são fundamentais para o conhecimento biológico. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivo conhecer a assembleia e a microdistribuição dos camarões Alpheidae presentes na região intermareal estuarina de Cananéia, São Paulo, Brasil. Além de caracterizar a história de vida de Alpheus brasileiro, espécie mais abundante nas áreas estudadas, a estrutura populacional, os parâmetros de crescimento, a longevidade e o desenvolvimento dos primeiros estágios larvais da espécie. As hipóteses de que as espécies apresentam microdistribuição diferenciada na região intermareal e de que a monogamia social influencia na estrutura populacional e nos parâmetros de crescimento de A. brasileiro foram testadas. A região estuarina de Cananéia é considerada uma das mais conservadas da costa brasileira, portanto, todo o conhecimento sobre esse importante ecossistema é fundamental, principalmente para comparações com áreas diferentes graus de conservação. A assembleia de Alpheidae se caracterizou por sete espécies: A. brasileiro, Alpheus buckupi, Alpheus carlae, Alpheus estuariensis, Alpheus petronioi, Athanas nitescens e Salmoneus carvachoi. A microdistribuição evidenciou a influência de A. brasileiro sobre as demais espécies, principalmente devido à maior abundância e constância que a espécie apresentou. Os resultados sobre a estrutura populacional da espécie estão diretamente relacionados ao seu comportamento monogâmico social, no qual se caracteriza pela formação de pares heterossexuais que compartilham o mesmo refúgio. Desta forma, não houve diferenças na razão sexual assim como no tamanho médio de machos e de fêmeas. Já os parâmetros de crescimento e a longevidade diferiram entre os sexos, com machos vivendo mais e atingindo maiores tamanhos (1.64 anos e 9.49 mm) comparados às fêmeas (1.32 anos e 9.31mm). Os resultados obtidos sobre a biologia de A. brasileiro somados à descrição de seus primeiros estágios larvais caracterizam grande parte da história de vida da espécie. Além disso, os resultados sobre a assembleia de camarões Alpheidae na região intermareal de Cananéia fornecem informações importantíssimas sobre a biodiversidade local.