Biodiversidade e morfologia do primeiro estágio larval (zoea I) dos camarões Caridea capturados pela pesca de arrasto na região sul paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pantaleão, João Alberto Farinelli [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150673
Resumo: O objetivo do presente estudo foi investigar a biodiversidade e descrever o primeiro estágio larval (zoea I) dos camarões Caridea de substrato não consolidado que são capturados pela pesca de arrasto na região de Cananeia, São Paulo, Brasil. Foram realizadas coletas mensais durante um período de 2 anos (julho de 2012 a junho de 2014) em duas áreas (uma marinha costeira e outra que recebe influência estuarina) com um barco camaroeiro equipado com rede de arrasto de portas (4 metros de abertura), totalizando três horas de esforço amostral mensalmente. Para as espécies as quais não foram amostradas fêmeas com embriões, utilizou-se larvas de matrizes provenientes de amostragens simultâneas, realizadas em outras localidades. O total de 3066 camarões capturados incluiu oito espécies, sete gêneros, e quatro famílias: Hippolytidae (Exhippolysmata oplophoroides), Ogyrididae (Ogyrides alphaerostris), Alpheidae (Alpheus intrinsecus e A. carlae) e Palaemonidae (Leander paulensis, Periclimenes paivai, Nematopalaemon schmitti e Neopontonides brucei). Neopontonides brucei foi coletado pela primeira vez no litoral sul do estado, o que ampliou sua distribuição geográfica conhecida. Foi possível descrever de forma inédita a morfologia da zoea I de 4 espécies (Periclimenes paivai, Leander paulensis, Nematopalaemon schmitti e Alpheus intrinsecus) e redescrever a de Ogyrides alphaerostris. Os resultados provenientes das descrições permitiram diferenciar as espécies capturadas utilizando a morfologia externa do primeiro estágio larval. As informações sobre a biodiversidade e morfologia larval geradas auxiliarão no desenvolvimento de futuros projetos abordando aspectos ainda pouco estudados no grupo taxonômico em questão, como a ecologia larval com ênfase em processos de migração, dispersão e recrutamento, considerados processos chave da história de vida inicial desses organismos. Esse tipo de informação pode contribuir com o desenvolvimento de futuros planos de manejo, auxiliando a conservação da carcinofauna da região.