Influência da oclusão traumática no processo de reparo do periodonto em dentes submetidos à subluxação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Amaral, Marina Fuzette [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/142817
Resumo: A subluxação caracteriza-se pelo dano ao ligamento periodontal (LP) com sangramento e mobilidade anormal do dente; e a presença de edema na região apical do dente pode provocar discreta extrusão. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência da oclusão traumática (OT) no processo de reparo do periodonto em dentes submetidos à subluxação, por meio de análises histomorfométricas e imunoistoquímica. Para este estudo, 90 ratos Wistar com 12 semanas de idade; foram distribuídos em três grupos: controle (C), subluxação (S) e subluxação com oclusão traumática (S+OT); nos períodos experimentais de 7 e 21 dias. A subluxação foi induzida pela aplicação de uma força de 900cN no sentido ocluso-gengival na superfície oclusal do 1ºMSD calibrada por um tensiômetro e a OT foi induzida por uma restauração de resina composta na superfície oclusal do primeiro molar superior direito (1°MSD). Para comparação estatística entre os grupos e períodos foi usado o teste de Kruskal-Wallis com Dunn post hoc teste. No período de 7 dias, houve um aumento significativo da espessura do LP (S-34% e S+OT-80%), da substância fundamental amorfa (S-84% e S+OT-148%) e uma redução significativa da área óssea (S-60,8% e S+OT-81,8%) em relação ao grupo controle. Aos 21 dias houve um aumento da espessura do ligamento periodontal significativo no grupo S+OT e na porcentagem de fibras colágenas (S-86%) no grupo S, mas não no grupo S+OT. A porcentagem de substância fundamental amorfa permaneceu proporcionalmente aumentada nos dois grupos experimentais e o perfil nuclear mostrou um aumento significativo no grupo S quando comparada ao período de 7 dias. Nos 2 grupos experimentais também houve um aumento do número de células TRAP positivas tanto no LP (4x) quanto no osso do septo alveolar (16x). O grupo S apresentou um pequeno aumento na porcentagem da área óssea do septo alveolar, enquanto no grupo S+OT houve redução de 52% da área óssea quando comparada ao mesmo grupo no período de 7 dias. A subluxação com ou sem a OT provocou apenas reabsorções radiculares superficiais e a OT foi capaz de prejudicar o reparo das áreas radiculares reabsorvidas após a subluxação no período de 21 dias. Assim conclui-se que a oclusão traumática agravou os danos no ligamento periodontal, no osso alveolar e na superfície radicular gerados após a subluxação, bem como atrasou o processo de reparo dos mesmos.