Vocalidade poética: entre textualidade e musicalidade - traçados para uma possível pedagogia das vozes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nunes, Gabriela Flores [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237268
Resumo: Este estudo tem como tema a vocalidade poética e versa sobre as relações entre voz e palavra. Investiga-se a prática vocal em processos criativos contemporâneos a partir das relações entre vocalidade, textualidade e musicalidade, com vistas à elaboração de uma possível pedagogia experimental das vozes. A partir da experiência pregressa como atriz no Centro de Pesquisa Teatral (CPT) de Antunes Filho, em especial a prática da experimentação vocal com o fonemol, foram exploradas as possibilidades de contato com o texto não somente pela perspectiva da semântica, mas também através de uma experiência com a materialidade sonora da voz. Trata-se de uma pesquisa teórico-prática envolvendo descrição, análise e sistematização dos processos criativos vivenciados. Desenvolvido no âmbito didático através da orientação do “Lab_Voz” (laboratório de experimentação vocal) e no âmbito artístico através de experimentos cênicos, tais como a performance “Vozes da Sombra", este trabalho coloca a experiência do CPT em perspectiva e em diálogo com novos referenciais. Também fazem parte da pesquisa escrituras poéticas que compõem a ação performativa “Desconcerto, uma Cantata para Ossos''. Esta diversidade de ações possibilita o cultivo de uma pesquisa incorporada, ou seja, da prática como pesquisa. O estudo da vocalidade proposto por Paul Zumthor, o conceito de unicidade das vozes de Adriana Cavarero e as provocações de Antonin Artaud fundamentam as reflexões teóricas e são fonte de inspiração para os dispositivos artístico-pedagógicos. A voz revela-se como um campo expandido, impulsionadora de processos criativos, instaurando atmosferas sonoras, ambiências, estados de presença e dramaturgias, pistas para uma possível pedagogia das vozes.