Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Okuda, Bruna Sordi Rodrigues [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/258214
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Resumo: |
Esta tese de doutorado está vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Aprendizagem e Desenvolvimento na Perspectiva Construtivista (GEADEC) e insere-se na temática da construção do Operador Multiplicativo, sob a perspectiva Piagetiana. Decorrem dessa pesquisa duas etapas: a primeira, realizada com 26 professores efetivos que ministravam a disciplina de matemática no terceiro ano do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Dourados/MS, objetivou, por meio de entrevistas semiestruturadas de caráter exploratório, analisar as concepções que norteiam a prática pedagógica desses profissionais que trabalham com a multiplicação em sala de aula. Os dados coletados demonstram que todos os participantes compartilhavam de uma concepção alicerçada no empirismo, na transmissão de conteúdos e na passividade da criança, além de evidenciarem desconhecimento dos processos percorridos na construção do operador multiplicativo. A partir disso, foi efetuada a segunda etapa, caracterizada como um estudo de caso envolvendo, inicialmente, 17 docentes do terceiro ano do ensino fundamental da rede pública municipal de Dourados/MS que participaram do curso “Multiplicação na Prática”, uma formação continuada com encontros presenciais e online oferecido pela pesquisadora. Esta fase teve como objetivo analisar contextos que favorecem a troca de experiências, a reflexão sobre a própria prática e o desenvolvimento de novas estratégias pedagógicas para abordar a multiplicação. A formação, fundamentada na concepção epistemológica construtivista, se mostrou um espaço fértil para a socialização e troca de conhecimentos entre os profissionais, permitindo-lhes construir saberes sobre o operador multiplicativo — conceito até então desconhecido — ter contato com jogos e refletir sobre a própria prática. Como resultado, identificou-se a (re)significação da multiplicação como um conteúdo a ser construído pelo aluno, ao invés vez de simplesmente decorado, a aprendizagem de jogos e sua utilização em sala de aula, mesmo por professores que, anteriormente, acreditavam trabalhar a “ludicidade”, mas que, na realidade, partilhavam de concepções empiristas, além de uma reformulação inicial da compreensão sobre a necessidade do algoritmo para a construção do operador multiplicativo, com maior conscientização acerca do que o currículo oficial sugere para o ensino da multiplicação no terceiro ano do ensino fundamental. Dentre os desafios enfrentados destacam-se a desistência de sete participantes, a ausência de leituras teóricas indicadas no decorrer do curso, e momentos de resistências, relacionados a pensar uma nova prática, por parte de alguns professores. |