Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Mercês, Geander Barbosa das [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235542
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo analisar e interpretar o papel e a relevância das mulheres negras de axé no contexto da cidade de Salvador, capital da Bahia de Todos os Santos e dos Orixás. Nesse sentido, tomaremos os itáns, a oralidade e a memória narrada como ponto nodal de entendimento da atuação dessas mulheres para a formação e construção das narrativas de luta dessa cidade. Metodologicamente, assumimos a encruzilhada como referência de reflexão, onde o orixá Exu é o início, o meio e toda possibilidade de recomeço, compreensão, interpretação e análise de nosso campo. Ao assumir o caminho cruzado, sinalizamos que nosso trabalho assumirá características pluridisciplinares ao dialogar com os saberes construídos a partir da espiritualidade e filosofia africana, sobretudo, a de matriz nagô. Dessa forma, a literatura que fundamenta nossa tese está atrelada não apenas aos textos clássicos sobre a temática, nas Ciências Sociais, mas também a outras áreas e saberes das Ciências Humanas, construindo assim a multidisciplinaridade da fundamentação teórico-metodológica. Nesse crivo, temos a base para a criação e estruturação da categoria analítica e interpretativa Exu-Ìyá, construto inovador deste trabalho, que nos auxiliará no entendimento do porquê e como essas mulheres tiveram suas narrativas invisibilizadas e silenciadas no contexto formativo da cidade de Salvador. A pesquisa, em suma, visa problematizar, ampliar e aprofundar os estudos sobre as mulheres negras através de seus discursos e práticas, que mobilizam ações dentro e fora dos seus respectivos terreiros, espaços de culto do Candomblé. Entendemos que a mulher negra encontra no Brasil um quadro permanente de discriminação e violência que não são apenas de gênero, mas também e, sobretudo, étnico-raciais, sociais e econômicas, que extrapolam diferentes momentos históricos e chegam até os nossos dias. Mesmo diante de tal conjuntura, essas mulheres não foram passivas nos processos de opressão e mobilizaram-se de diferentes maneiras para a luta, resistência, visibilidade e se fizeram reconhecer na sociedade soteropolitana. |