Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Roger Marcelo Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153127
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Resumo: |
A psicanálise chegou ao Brasil no mesmo momento em que seu fundador, Sigmund Freud, consolidava e institucionalizava este saber no início do século XX na Europa. A implantação e difusão do saber psicanalítico no Brasil viabilizaram-se por meio do que se publicava e editava sobre a psicanálise como artigos, livros e periódicos durante o século XX. Ao final dos anos 1960, os psicanalistas associados às normas institucionais da International Psychoanalytical Association (IPA) e aportados nas teorias kleino-bionianas defendiam que a psicanálise tornava-se uma ciência consolidada e para tanto necessitava de um veículo oficial de expressão e divulgação deste saber no Brasil. Assim, fundaram em 1967 a Revista Brasileira de Psicanálise. Buscou-se nesta pesquisa analisar como este periódico produziu em suas páginas um discurso que elaborava representações de ciência, profissão e história. Além de objeto da pesquisa, a Revista Brasileira de Psicanálise serviu como fonte, apresentou um conjunto de textos compostos por artigos científicos, resumos, sinopses, imagens, noticiários, obituários e homenagens entre 1967 a 1986. Com efeito, inseridos numa realidade de censura, repressão e autoritarismo caracterizados pelo Regime Militar, os colaboradores da revista fizeram representações do saber psicanalítico como uma ciência específica diferente dos modelos clássicos, da profissão de psicanalista como um ofício altamente especializado garantido por uma formação em institutos e sociedades psicanalíticas e do seu passado histórico como herdeiros legítimos do fundador e dos pioneiros da psicanálise. Estas representações permitiram, sobretudo, identificar os mecanismos de controle e poder do grupo dirigente do movimento psicanalítico brasileiro |