Efeitos de diferentes métodos de castração sobre a função testicular, características de carcaça e dor em novilhos zebuínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Yamada, Paulo Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183080
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da castração cirúrgica, química e imunológica sobre as características espermáticas, morfometria e termografia testicular, concentração testosterona e avalição da expressão facial durante o ato da castração. Para isso, foram utilizados 80 novilhos da raça Nelore com aproximadamente 20 meses de idade, contemporâneos, oriundos do mesmo rebanho, mantidos a pasto, com suplementação durante o período experimental até atingirem o peso de 480 kg para o abate. Os novilhos foram divididos em 4 grupos (n=20/grupo) homogêneos conforme o peso. Os tratamentos consistiram em três métodos de castração, sendo eles: orquiectomia (ORQ); químico (QUI); imunológico (IMUN); e o grupo controle, sem castração (CONT). Na QUI, foram injetados em cada testículo, 15 mL de CaCl 40% associado a 0,5% DMSO, após bloqueio anestésico regional e local. no procedimento para a IMUN foram aplicados 1mL/animal de Bopriva® (Zoetis, São Paulo, SP, Brasil), por via subcutânea, em três aplicações (D-30, D0 e D90). Sete dias antes dos tratamentos foram realizados o exame andrológico. Os animais foram abatidos no D220. Os resultados mostram que, a avaliação (CE) e volume testicular, não foi observado diferença estatística significativa no momento D0. Já no momento D15, o grupo químico apresentou um aumento quando comparado aos grupos imunológico e controle. Nos momentos D60 e D150 notaram-se diferenças quando se compara o grupo controle ao grupo imunológico, sendo que houve uma diminuição da CE e volume testicular no grupo imunológico. Na concentração, o grupo imunológico apresentou maior concentração em relação ao grupo químico no momento D15. A motilidade foi menor no grupo imunológico quando comparada ao grupo controle no momento D60. Já os parâmetros volume, (número de espermatozoides totais) e vigor não apresentaram diferenças significativas, e avaliação de patologia espermática se manteve igual entre os grupos durante todo momento. Já na testosterona, quando comparado aos outros níveis entre os momentos dentro de cada grupo, diferenças foram observadas no grupo imunológico no momento D15, sendo que no grupo cirúrgico e químico observou-se diferença estatística no momento D0 com maiores concentração de testosterona quando comparado aos momentos D15, D60 e D150, além disso, no momento D0, não se observou diferença estatística entre os grupos, com exceção do grupo imunológico (P<0.05), porém tal observação é causa da primeira aplicação da vacina no D-30. Em relação à avaliação termográfica testicular não se observou diferenças estatísticas em nenhum momento, conclui-se que o método de castração imunológico é uma alternativa viável que suprime a produção de testosterona e ocasionando atrofia testicular, além de ser um procedimento menos invasivo favorecendo o bem-estar e diminuindo o estresse.