Aspectos da história natural de aranhas-de-alçapão em duas unidades de conservação do Cerrado e Mata Atlântica do sudeste do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Trova, Everton Fernando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216076
Resumo: Araneae é uma ordem bastante diversificada, sendo uma linhagem com grande sucesso evolutivo. A infraordem Mygalomorphae representa uma pequena porção da ordem Araneae e são animais sedentários que passam grande parte do dia em refúgios climaticamente estáveis. As aranhas-de-alçapão passam toda a vida ou parte dela dentro de uma toca revestida com seda e dotada de um opérculo. Local onde realizam todas as necessidades, caçam por emboscada, se alimentam, se reproduzem e realizam ecdise. Este trabalho teve como objetivo esclarecer alguns aspectos sobre a história natural das aranhas-de-alçapão e avaliar o perfil térmico e umidade nas áreas estudadas. Os resutados foram divididos em dois capítulos: I. A morfologia da toca e opérculo foram descritos, bem como a presença de ornamentos e o comportamento de defesa quando perturbadas em suas tocas. As variáveis morfológicas foram correlacionadas com o diâmetro da toca em questão. As áreas em que as aranhas-de-alçapão ocorrem apresentaram diferenças na vegetação. As tocas sendo os principais locais em que as aranhas passam parte da vida, em conjunto com a vegetação oferecem micro-habitats adequados e permite que as aranhas vivam por vários anos sem a necessidade de emigrar. A permanência no interior da toca evita contato direto com o meio externo reduzindo riscos de predação e com grandes variações climáticas podendo leva-las a morte. II. As áreas com a presença de aranhas-de-alçapão tiveram diferenças significativas com as áreas com ausência, quanto a temperatura e umidade. Áreas com presença foram mais úmidas e apresentaram um padrão de temperatura vertical (gradiente térmico) no solo. O gradiente térmico encontrado na área com presença e a umidade são caraterísticas que permitem as aranhas manter a temperatura e umidade corporal em equilíbrio evitando assim estress térmico e hídrico.