Biogeografia histórica de aranhas Mygalomorphae de Mata Atlântica e fitofisionomias adjacentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Montemor, Vivian Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213748
Resumo: A infraordem das aranhas Mygalomorphae possui ampla distribuição no Brasil, e são consideradas promissoras para estudos de biogeografia histórica, apresentando distribuições endêmicas e alta diversidade nas fitofisionomias brasileiras. O presente estudo, inédito devido a grande quantidade de dados compilados e aplicação das metodologias envolvidas, investigou os aspectos da biogeografia histórica da Mata Atlântica, estudando as espécies de Mygalomorphae que ali ocorrem, bem como em fitofisionomias adjacentes, encontrando padrões similares a outros organismos. O estudo foi baseado na compilação de dados de distribuição geográfica das espécies das migalomorfas que pertencem as seguintes famílias: Actinopodidae Simon, 1889; Barychelidae Simon, 1889; Cyrtaucheniidae Simon, 1889; Dipluridae Simon, 1889; Idiopodidae Simon, 1889; Microstigmatidae Roewer, 1942; Nemesiidae Simon, 1889 e Theraphosidae Thorell, 1869. Foram utilizadas apenas as espécies que já passaram por revisão taxonômica recente. A tese está dividida em 2 capítulos, comos seguintes objetivos: 1- propor a delimitação das áreas de endemismo para Mata Atlântica e fitofisionomias adjacentes, utilizando os dados de ocorrência das espécies; 2 – encontrar padrão geral de relação histórica entre as áreas de endemismo, usando hipóteses filogenéticas de duas famílias dessas aranhas (Nemesiidae/ Theraphosidae). Para encontrar as áreas de endemismo foi implementado um Protocolo de Delimitação de Áreas de Endemismo, onde foram utilizados os métodos númericos PAE, NDM e Elementos Bióticos, baseados em quadrículas de grade no mapa, e Interpolação de Kernel (GIE), que não utiliza quadrículas de grade no mapa. No total, 12 áreas de endemismo foram reconhecidas e delimitadas, sendo seis na Mata Atlântica, duas em área de transição Mata Atlântica- Cerrado, uma em Cerrado, uma em área transição Cerrado - Caatinga, uma em áreas de transição Mata Atlântica - Campos Sulinos, e uma em área de transição Mata Atlântica - Pampa. Os padrões gerais históricos das relações entre as áreas de endemismo foram analisados através da construção de cladogramas gerais de áreas, utilizando o método de Parcimônia de Brooks (BPA1º) e métodos comparativos: BPA de nós (BPAn) dos cladogramas filogenéticos, e sub-árvores livres de paralogias (áreas redundantes) (PF). O cladograma geral das áreas de endemismo está composto por quatro blocos de relacionamento das áreas: BNE (bloco nordeste – PI+PE+BA), BSEN (bloco sudeste norte – DF+MG+ES), BSES (bloco sudeste sul – Org(RJ+SP+SC), e BS (bloco sul – PoA+RSinterior). Posteriormente são discutidos então os principais eventos históricos, como formações dos grandes rios e soerguimentos de serras, podendo inferir o que determinou as separações atuais das distribuições das migalomorfas da Mata Atlântica e fitofisionomias adjacentes.