Reação tecidual provocada pelos cimentos GuttaFlow bioseal e MTA Fillapex: análises morfológica e imuno-histoquímica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Delfino, Mateus Machado [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153513
Resumo: Modificações nos cimentos endodônticos tem sido frequentemente realizada a fim da obtenção de um material biocompatível e que favoreça a reparação dos tecidos periodontais. Assim, o GuttaFlow bioseal (GFB) foi lançado no mercado a partir de uma modificação do cimento à base de silicone GuttaFlow; no GFB foi adicionado ao cimento partículas de vidro cerâmico bioativo. Por outro lado, o MTA Fillapex (MTAF), um cimento à base de silicato tricálcico, também teve a substituição do agente radiopacificador óxido de bismuto pelo tungstato de cálcio. O nosso propósito foi avaliar a biocompatibilidade dos cimentos GFB e o MTAF (contento tungstato de cálcio), em subcutâneo de ratos. Tubos de polietileno foram preenchidos com os respectivos materiais GFB (n=20), MTAF (n=20) e Endofill (EF; n=20) e implantados no subcutâneo de ratos. No grupo controle GC (n=20), foram implantados tubos vazios. Após 7, 15, 30 e 60 dias, os tubos implantados com os tecidos circundantes foram removidos e incluídos em parafina. O número de células inflamatórias (CI) e a espessura das cápsulas foram obtidos a partir de cortes corados com HE. Alguns cortes foram corados com tricrômico de Masson para verificar a formação de colágeno nas cápsulas enquanto o método de von Kossa foi realizado para detectar depósitos de cálcio. A interleucina-6 (IL-6), uma citocina pró-inflamatória, e fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) foram detectados por meio de reações imuno-histoquímicas. O número de células IL-6-imunopositivas foi estimado nas cápsulas. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância two-way ANOVA, seguido pelo teste de Tukey (p≤0,05). De 7 para 60 dias, todos os grupos apresentaram significante redução no número de CI, células IL-6imunopositivas e na espessura das cápsulas, além de aparente dimunição na imunoexpressão para VEGF. Em todos os períodos, os menores valores destes parâmetros foram observados nas cápsulas do GC. Aos 7, 15 e 30 dias, o número de CI foi significativamente menor no GFB em comparação aos MTAF (p˂0,0001) e EF (p˂0,0001), enquanto que, aos 60 dias, significantes diferenças não foram detectadas entre os grupos GFB e MTAF (p=0,58). Em todos os períodos, o número de células imunopositivas à IL-6 e a espessura das cápsulas foram significantemente menores no GFB em comparação ao MTAF (p<0,0001). No entanto, os valores de CI, células IL-6-imunopositivas e a espessura das cápsulas foram menores significantemente no grupo MTAF em comparação ao EF (p<0,0001), em todos os períodos. Aos 60 dias, as cápsulas de GFB e MTAF mostraram poucas CI entre os fibroblastos e feixes de fibras colágenas. Estruturas positivas ao von Kossa foram observadas nas cápsulas de GFB e MTAF. Portanto, nossos resultados mostraram que a reação imunoinflamatória induzida pelos cimentos GuttaFlow bioseal e MTA Fillapex regridem com o decorrer do tempo, possibilitando ao hospedeiro, a formação de cápsulas de colágeno, indicando que estes cimentos são biocompatíveis, enquanto no Endofill não houve reparo ao decorrer do tempo. Além disso, nossos achados sugerem que o GuttaFlow bioseal e o MTA Fillapex apresentam potencial bioativo.