Pianeiros: dialogismo e polifonia no final do século XIX e início do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Bloes, Cristiane Cibele de Almeida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95108
Resumo: Com esse trabalho busca-se compreender o processo de integração da música popular urbana à música de concerto representada pelos pianeiros que surgiram no Brasil a partir da segunda metade do século XIX. Os pianeiros foram representantes de uma nova geração de pianistas que se profissionalizaram e se desenvolveram para atender às necessidades de entretenimento das diversas classses sociais da época em detrimento de um efetivo crescimento econômico e urbano. Além de pianistas profissionais, foram também responsáveis pelo desenvolvimento de elementos fundamentais para uma nova concepção de música popular urbana, participando da formação e fixação dos gêneros musicais populares da época e incorporando-os ao piano. A abordagem desse processo estabeleceu-se, tendo como pano de fundo, a dicotomia cultura popular-cultura de elite que é analisada sob a ótica da circularidade de Baktin e seu conceito de dialogismo e polifonia. O problema é, então, estruturado em um pensamento que não propõe a exaltação ou domínio de uma cultura sobre a outra, mas um processo de reciprocidade e circularidade, no qual dialogam diferentes vozes que constituem o dircurso polifônico. Assim, diante desse processo de integração de culturas, o pianeiro assume o papel de intermediário cultural ou seja, passa s ser um elo de ligação entre a música erudita e a música popular, ampliando os conceitos e influenciando a cultura e a sociedade da época, tendo em vista que, até então, o piano pertencia exclusivamente à musica erudita restrita às camadas da elite.