Professoras de gerações distintas (1938-1985), frente às representações impostas sobre mulheres na docência: uma análise histórica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Ana Laura Bonini Rodrigues de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204332
Resumo: O presente tema que culminou nesta dissertação surgiu da indagação: quais representações que professoras brasileiras de gerações distintas relatam sobre o olhar da comunidade escolar acerca da mulher na docência? O recorte temporal da pesquisa foi delimitado entre 1938 e 1985, respectivamente, data mais antiga e menos antiga de ingresso no magistério, dentre as datas de ingresso das professoras participantes. A partir desse recorte foi pensado a temática de representações impostas socialmente às mulheres na docência numa perspectiva plural e interseccional, com os elementos que emergiram dos relatos orais das professoras participantes, as quais vivenciaram diferentes contextos legais e morais. A discussão é abordada na perspectiva de uma História Cultural das microhistórias presentes em nossa sociedade, a qual possui características patriarcais que entendemos ser fruto da colonização advinda da Europa. O objetivo geral da pesquisa em desenvolvimento é analisar relatos orais de professoras de gerações distintas (1938-1985), acerca de como essas professoras reagiam frente às representações impostas socialmente sobre mulheres na docência. E os objetivos específicos da pesquisa são os seguintes:1. analisar aspectos das representações da mulher na docência na escola brasileira, à luz da Nova História Cultural, iniciando, portanto, do lugar de fala desta pesquisadora na seleção das sujeitas da pesquisa; 2. compreender aspectos emergentes dos relatos orais das participantes quanto às suas vivências, vestimentas, atividades artísticas, dentre outras como mãe e mulher professora, que ressaltam as questões de gênero, permeando os lugares e os poderes em nossa sociedade, e as quais sinalizam para contextos também diversos em suas lutas e conquistas político-sociais; e, 3. analisar aspectos dos relatos que indicam a revolução silenciosa feminina das mulheres entrevistadas no campo docente, ou seja, questões relacionadas aos salários e prestígio profissional. A metodologia escolhida foi a história oral, sendo que, realizando uma pesquisa com mulheres professoras, dar voz é de grande valia para a categoria feminina silenciada por séculos. Os resultados obtidos com as análises realizadas na perspectiva da Nova História Cultural e História Oral, sobre as subjetividades e representações da mulher na Docência na Escola Brasileira e aspectos identitários sobre ser mulher e seus caminhos de vida; Ser mulher professora e os arquétipos maternais impostos socialmente à profissão, seus enfrentamentos sociais e seus movimentos de resistência, levando-as a constituição de resistência em uma subcultura feminina.