Uso de gordura protegida na recria em pastagem e na terminação em confinamento de bovinos Nelore

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vellini, Beatriz Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191298
Resumo: Objetivou-se com o presente trabalho avaliar o efeito da suplementação com gordura protegida contendo ácidos graxos saturados e insaturados, durante a recria em pastagens e na terminação em confinamento de tourinhos Nelore. O experimento foi desenvolvido no Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios da Alta Mogiana, em Colina – SP. Foram utilizados 124 tourinhos, com 8 meses de idade e peso corporal (PC) médio inicial de 190 kg ± 25,1, blocados por peso e avaliados durante a primavera, verão e outono em pastejo de lotação contínua com taxa de lotação variável (fase de recria), distribuídos ao acaso em dois tratamentos: 1) Controle - suplementação proteica-energética 3 g/kg de PC (sem gordura protegida); 2) Gordura Protegida - Suplementação proteica-energética 3 g/kg de PC com adição de ácidos graxos saturados e insaturados na forma protegida (Blend, Nutricorp, Araras, São Paulo, Brasil). Após a recria (270 dias), os animais com média de 20 meses e 420 kg, foram confinados em 12 baias, por 106 dias, e distribuídos entre 4 tratamentos: 1) CONT – CONT: Controle da recria sem a presença de gordura protegida no confinamento; 2) CONT - GORP: Controle da recria com a presença de gordura protegida no confinamento; 3)GORP – CONT: Gordura protegida da recria sem a presença de gordura protegida no confinamento e 4)GORP – GORP: Gordura protegida da recria com a presença de gordura protegida no confinamento. Para os parâmetros sanguíneos durante a fase da recria, foram sorteados 3 animais/piquete do primeiro bloco, e na fase da terminação, foram utilizados os mesmos da fase da recria além de sorteados mais 3 animais de cada baia dos demais blocos. Ao final da fase da terminação, 4 animais por baia foram sorteados para avaliação das características de carcaça. No confinamento foi utilizado um delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 2×2, onde os animais foram blocados por peso, sendo o fator 1 os tratamentos da recria, e o fator 2 a ausência ou presença da gordura protegida. As médias foram comparadas pelo teste T e as diferenças consideradas a partir do P < 0,05 e tendências foram discutidas quando 0,05 ≤ P ≤ 0,10. As análises estatísticas foram feitas utilizando o software SAS. Na recria houve efeito de tratamento para ganho médio diário (GMD) (P = 0,036), onde a adição da gordura protegida no suplemento apresentou tendência de ganho adicional de 0,068 kg (P = 0,078) na estação seca. Houve efeito de tratamento (P < 0,05) para PC final (kg), peso de carcaça quente (kg), GMD (kg), GMD em carcaça (kg), rendimento de carcaça (%) e rendimento do ganho (%), além de tendência para espessura de gordura (mm) (P = 0,069), sendo todas superiores para o tratamento GORP. Na terminação, não houve diferença estatística para consumo de matéria seca (CMS) (P > 0,05). Os animais do tratamento GORP na recria apresentaram tendência para maior PC final (P = 0,067). Houve interação significativa para recria e terminação para eficiência alimentar (kg de PC), onde animais do CONT-GORP foram mais eficientes (P = 0,087). Os animais do tratamento GORP da fase da recria apresentaram tendência para maior peso de carcaça quente final (P = 0,061). Já os animais que receberam gordura protegida na terminação (P = 0,021) apresentaram melhor eficiência alimentar em carcaça (kg de carcaça). O uso da gordura protegida não alterou a composição química da carcaça, a composição química da carne, bem como também não alterou a qualidade da carne. A utilização da gordura protegida eleva o ganho em peso dos animais na fase da recria, e reflete seus efeitos na terminação, proporcionando carcaças mais pesadas. Quando utilizada na fase de terminação aumenta a eficiência alimentar dos animais.