Deslocamentos laborais, espaços de vida e projetos de autonomia: trajetórias de mobilidade em Santa Lúcia - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Salata, Rosemeire [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151227
Resumo: Este trabalho teve como objetivo central a compreensão dos significados das práticas migratórias em um contexto de trabalho reestruturado nos canaviais paulistas. Para tanto, pesquisa empírica foi realizada no pequeno município de Santa Lúcia/SP, inserido na economia canavieira regional e, mais especificamente, no bairro Nova Santa Lúcia, onde é notável a presença de um “campesinato móvel” oriundo majoritariamente do município de Gonçalves Dias/MA. A partir da reconstrução de trajetórias de mobilidade foi possível demonstrar as reconversões laborais e espaciais que ocorreram pari passu às reconfigurações do trabalho canavieiro e que reconstroem na localidade paulista redes de relações e espaços de vida, conformando um processo de ampliação dos lugares de pertença daqueles que se deslocam. Neste contexto, o principal sentido do qual estão investidas as práticas migratórias é a reprodução da família e da casa. A construção de casas de moradia na localidade paulista foi pensada não apenas em sua materialidade, mas como construtora de relações morais, centradas em novos casais e filhos. A construção de autonomia dos novos núcleos familiares desvelou-se, inclusive, nas práticas de consumo e na valoração positiva atribuída ao trabalho em São Paulo. Para a realização da pesquisa as redes sociais foram importantes operadores metodológicos, orientando o reconhecimento das próprias redes de relações existentes na localidade. Deste modo, foram privilegiadas perspectivas teóricas e metodológicas que tivessem nos símbolos e valores correntes entre os migrantes seu ponto partida.