Seletividade de inseticidas ao parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum (hymenoptera: trichogrammatidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Barros, Lucas Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/134292
Resumo: O uso de inseticidas tem o intuito de prevenir ou reduzir perdas agrícolas aos insetos-praga. Entretanto, quando de maneira irracional provoca consequências negativas aos agroecossistemas, como a eliminação de inimigos naturais. Alternativamente a esta situação, buscando-se a sustentabilidade, prima-se pelo emprego de inseticidas seletivos, os quais possibilitam a integração aos agentes do controle biológico. Destaca-se neste contexto Trichogramma pretiosum, parasitoides de ovos de inúmeras espécies de lepidópteros-praga agrícolas e florestais. Diante do exposto o presente trabalho avaliou a seletividade de novos inseticidas químicos e biológicos (g i.a. L-1 ) às fases de pupa e adulto de T. pretiosum. No bioensaio 1, testou-se clorantraniliprole (0,04; 0,06; 0,08; 0,12; 0,2); flubendiamida (0,1344; 0,288; 0,4416); diflubenzuron (0,384; 0,48); bifentrina/carbosulfano (0,07/0,21; 0,1/0,3; 0,2/0,6; 0,3/0,9); bifentrina (0,216; 0,324). No bioensaio 2, foram testados espinosade (0,096; 0,24; 0,384), indoxicarbe (0,12; 0,24; 0,36); clorfenapir (0,768; 0,96; 1,152; 1,344; 1,536); Baculovírus (HzSNPV) (0,0064; 0,00896; 0,01536; 0,0192). Clorpirifós (1,92) e água destilada foram as testemunhas. Para esses experimentos, ovos de Anagasta kuehniella contendo o parasitoide nas fases de pupa foram expostos aos inseticidas, assim como adultos do parasitoide em contato com uma película seca dos inseticidas quando pulverizados sobre placas de vidro. Avaliou-se o parasitismo e viabilidade até 72 horas após a emergência do parasitoide. As reduções na capacidade benéfica dos parasitoides expostos aos tratamentos foram classificadas em quatro classes: 1, inócuo (<30%); 2, levemente nocivo (30-79%); 3, moderadamente nocivo (80-99%) e 4, nocivo (>99%). Os bioensaios foram realizados sob condições climáticas controladas (25±2ºC, UR de 70±10% e fotofase de 14 horas). Os parâmetros biológicos variaram conforme a fase de desenvolvimento de T. pretiousm, mecanismos de ação, concentração e periodos avaliados. No bioensaio 1 flubendiamida, na menor concentração, foi inócuo (classe 1) à fase de pupa de T. pretiosum no primeiro dia após a emergência. Baculovirus (HzSNPV), no bioensaio 2, em todas as concentrações testadas, foi inócuo (classe 1) à fase pupa e adulto de T. pretiosum no primeiro dia após a emergência. Tais inseticidas mostraram-se seletivos e adequados ao uso no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Os demais inseticidas, classe 2, 3 e 4, deverão passar para as próximas etapas dos testes de seletividade.