Estudo da influência dos genótipos 1 e 3 do vírus da hepatite C sobre os indicadores do metabolismo lipídico em hepatopatas crônicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Nogueira, Camila Tita [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93604
Resumo: Os perfis metabólicos correlacionam-se com a infecção pelo VHC e são prognósticos da resposta viral em pacientes crônicos. Porém, pouco se sabe a respeito da associação entre perfis lipídicos e carga viral do VHC entre infecções dos genótipos 1, 2 ou 3. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar a influência da viremia e dos genótipos do VHC sobre o metabolismo lipídico através das variações de lipoproteínas séricas (colesterol total, LDL, HDL, VLDL, triglicérides) e apolipoproteína B (Apo B) em hepatopatas crônicos, avaliando se o VHC predispõe os indivíduos ao aparecimento de complicações vasculares. O grupo amostral constituiu-se de um total de 150 pacientes crônicos do VHC com genótipos 1, 2 ou 3, e de um grupo controle de 20 indivíduos saudáveis (10 homens e 10 mulheres) em idade adulta (20 à 50 anos). Os níveis séricos de HDL (28%), VLDL (26%) e triglicérides (26%) nos portadores crônicos do VHC se mostraram diminuídos em relação ao grupo controle, enquanto os níveis de LDL (25%) e Apo B (29%) se mostraram elevados, resultados que foram mais importantes nos portadores do genótipo 3a. Observou-se correlação positiva entre a viremia e alterações nos níveis de apo B (r = 0,5763) nos portadores do genótipo 1b. Assim, foi pressuposto que o risco de pacientes portadores do VHC desenvolverem complicações vasculares é elevado, pois 1% de redução nos níveis de LDL está associado com uma redução de 2-3% no risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, e como cerca de 90% da proteína na LDL se constitui de apo B, sua concentração plasmática indica o número total de partículas potencialmente aterogênicas. Desta forma, o perfil lipídico auxilia no diagnóstico da severidade da infecção hepática causada pelo VHC e ainda atua como um bom sinal prognóstico.