Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Lacowicz, Stanis David [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/99634
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Resumo: |
Navegando por entre-lugares da literatura, aventurando-se pelo universo que surge quando as fronteiras deixam de ser meras linhas divisórias e se expandem enquanto ambientes de múltiplas confluências e significações, nosso trabalho propõe-se a estudar a leitura que dois romances brasileiros contemporâneos fazem dos mitos literários hispânicos de Dom Juan e da picaresca. O feitiço da ilha do Pavão (1997), de João Ubaldo Ribeiro, e O Chalaça (1994), de José Roberto Torero, que podem ser classificadas como romances históricos contemporâneos, privilegiam a releitura crítica dos discursos da história hegemônica, que se processa por recursos como a carnavalização, a ironia e intertextualidade. No primeiro capítulo, focalizaremos a relação que o romance de Torero estabelece com a picaresca espanhola clássica, a partir do jogo de máscaras e níveis narrativos. No segundo, voltamo-nos ao romance de João Ubaldo Ribeiro, discutindo o processo pelo qual o texto, ao dialogar com as narrativas do realismo maravilhoso e do mágico, reitera o mito de Dom Juan. O terceiro capítulo, por sua vez, trata de aproximar os dois romances, pelo espaço de apropriação mítico literário que compartilham, o qual emerge por meio da carnavalização e da metaficção. Ricamente intertextuais, os dois romances encontram-se no cruzamento de suas tessituras com construções discursivas de procedência variada. A retomada do pícaro e de Dom Juan fomenta os aspectos desconstrucionistas do romance histórico contemporâneo, uma vez que os dois se caracterizam como anti-heróis que integram um espaço social ex-cêntrico, contrário às normas instituídas |