Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Tezza, Leonardo Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/244216
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Resumo: |
Apresentam-se, nesta tese, resultados da pesquisa de doutorado junto ao Programa de Pós Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências – PPGE-UNESP/Câmpus de Marília. Tal pesquisa centra-se na relação entre a Pós-Graduação e à docência na Educação Básica, cuja hipótese norteadora das investigações é a de que o/a intelectual/professor/a, portanto, com capital cultural institucionalizado, mediante mestrados e doutorados, possui trajetórias de atuação nos espaços escolares, à medida que esse espaço é fornecido pelo “outro/a”, com capital cultural incorporado, próprio desse subcampo profissional (escolar). Ou seja, sua atuação no espaço escolar constitui-se em táticas, a qual “não tem por lugar senão o do[/a] outro[/a].” (DE CERTEAU, 2012, p. 94). Nesse sentido, são pertinentes as análises de funcionamento dos campos (BOURDIEU, 2015), considerando as estruturas do campo educacional ou dos seus subcampos – acadêmico-científico e profissional (escolar) – que regulam e mantêm o funcionamento desse campo maior, pois, o próprio campo educacional impõe a esse/a intelectual/professor/a com capital institucionalizado a atuação apenas nas possibilidades, “falhas que as conjunturas particulares vão abrindo na vigilância do poder do proprietário.” (DE CERTEAU, 2012, p. 94). As relações do PPGE-UNESP/Câmpus de Marília e a docência na Educação Básica passou por várias momentos de desenvolvimento, mas, para a investigação cujos resultados ora são apresentados, foram delimitados os seguintes: a partir de 2009, ano imediatamente posterior à Proposta de desenvolvimento desse PPGE, finalizada em 2008, e com as novas metas definidas para a formação de profissionais e pesquisadores em nível de Pós-Graduação, e entre 2019 e 2020, período quando se inicia as trajetória de aluno/as no PPGE/UNESP-Câmpus de Marília-SP, em concomitância com suas atuações nas suas escolas de Educação Básica, com a efetivação da parceria entre Estado, Programa de Pós-Graduação e instituições contratantes, mediante convênios estabelecidos para a formação continuada desses aluno/as/professore/as. Daí as investigações terem sido motivadas pelos seguintes questionamentos: quais elementos estruturam e colocam em funcionamento o subcampo acadêmico-científico, representado na pesquisa pelo PPGE/UNESP-Câmpus de Marília-SP, e quais elementos estruturam e colocam em funcionamento o subcampo profissional (escola), representado na pesquisa pela Educação Básica brasileira? Quais elementos das trajetórias de constituição de intelectuais/professore/as no PPGE/UNESP-Câmpus de Marília-SP e na Educação Básica, concomitantemente? A partir desses questionamentos, foi elaborado como objetivo geral analisar e interpretar elementos dos subcampos educacionais, PPGE/UNESP-Câmpus de Marília-SP e Educação Básica brasileira, na relação com elementos das trajetórias constituintes de intelectuais/professore/as, nesses subcampos, entre 2009 a 2020. Foi possível reunir 02 doutore/as egresso/as e 01 doutoranda, portanto em curso, mediante convênio entre o PPGE/UNESP-Câmpus de Marília e a Secretaria Municipal de Educação, e que se constituíram intelectuais e, após ou concomitantemente, professore/as na Educação Básica brasileira. Trata-se de pesquisa histórica, quanto à abordagem, e documental e bibliográfica, quanto às fontes, cujo corpus da investigação foi constituído por documentos prescritos e documentos elaborados pelo/as seus e suas agentes para estrutura e funcionamento, entre 2009 e 2020, do PPGE/UNESP-Câmpus de Marília e da Educação Básica, e por bibliografia específica sobre as categorias bourdieunianas. Ao final, concluiu-se que, ainda que o capital institucionalizado nos meios acadêmico-científicos corrobore para reflexões rigorosas no subcampo profissional (escolar), trata-se de um capital próprio e produto desse subcampo educacional, distinto do capital incorporado produzido no e em torno do qual o subcampo profissional (escolar) se estrutura e estabelece suas regras de funcionamento, Daí o/as intelectuais/professore/as possuírem trajetórias de atuação nos espaços escolares, à medida que esse espaço é fornecido pelo “outro/a”, somente professore/as, ainda que esse/a “outro/a”, seja portador/a mais de capital cultural incorporado que institucionalizado. |