Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bontempo, Karina Porto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/238883
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Resumo: |
As áreas verdes são ideais à integração social, à recreação, à proximidade com a natureza, ao lazer e à contemplação. No entanto, isso só ocorre quando o espaço é percebido e apropriado pelas pessoas. Com a diversidade de que dispomos no Brasil, há a necessidade de se conceber espaços considerando-se as diferentes maneiras de compreensão e de interação com o ambiente e com as habilidades e limitações de cada indivíduo. Mesmo com a adoção de normas, políticas e princípios do Desenho Universal, que tornam os espaços públicos cada vez mais inclusivos, ainda é bastante limitado o acesso, com segurança e qualidade, de pessoas com deficiência às áreas verdes urbanas. Das pessoas com deficiência, destacam-se como menos contempladas as Pessoas com Deficiência Visual (PCD Visual), pois sua forma de perceber o espaço e com ele interagir, raramente é levada em consideração pelos projetos, principalmente, os destinados a espaços verdes, gerando nesse grupo sensação de desconforto, insegurança, desorientação e a consequente exclusão desses ambientes. Esta pesquisa tem como objetivo investigar as demandas por aperfeiçoamento de espaços construídos em áreas verdes públicas para pessoas com deficiência visual, permitindo a elas percepção sensorial mais apurada, sentido de apropriação mais concreto e o melhor usufruto desse espaço. Como objeto de estudo, tomou-se a Praça Rui Barbosa, na cidade de Bauru, SP. Um logradouro de importância histórica e cultural, o primeiro espaço público da cidade, que atualmente sofre com o abandono e a insegurança, típicos das áreas urbanas brasileiras, mas, dada a sua localização estratégica, no centro comercial, é intensamente frequentado. Entre os usuários, as PCD Visual são os que mais sofrem com as condições adversas do logradouro, quando não, são totalmente excluídas, por considerarem não ser possível enfrentar essas condições. Como recursos metodológicos, utilizou-se a revisão da literatura; observação e registro in loco; levantamento documental; entrevistas semiestruturadas; Constelação de Atributos; Poema dos Desejos; e Manipulação de Maquete Tátil. Os principais autores que nortearam a pesquisa foram Dischinger (2000; 2006; 2016); Queiroz (2014; 2015); Villarouco (2011); Robba e Macedo (2003); e Gehl (2015). A Matriz de Descobertas foi escolhida como forma de demonstração dos resultados para a avaliação do espaço e a Matriz de Recomendações para expor as Diretrizes ao planejamento de uma praça. Constatou-se, em linhas gerais, que as praças podem ser mais convidativas e seguras à permanência da PCD Visual adotando-se: a incorporação de tecnologias atuais como recurso de informação e orientação, utilizando-se como dispositivo de acionamento o smartphone; a oferta de serviços digitais restritos ao espaço; a diversificação de equipamentos de lazer e entretenimento inclusivos devidamente sinalizados; ampliação da sinalização tátil; a incorporação da arte urbana enfatizando os recursos de acessibilidade; utilização do paisagismo funcional como recurso de orientação; e o maior envolvimento das PCD Visual na concepção e manutenção da praça. |